[Conto]A Floresta das Fadas

Era um dia em especial, não como a qualquer outro naquela bela floresta, uma pequena fada estava para nascer e se juntar às outras da mesma espécie que lá esperavam por ela. Como todas as outras da mesma raça, a pequena foi dada à luz já com mana correndo por seu corpo, a energia de cor alaranjada deixava claro que a pequena garota possuiria uma boa afinidade com o elemento fogo. A pequena fada foi nomeada por aquela que liderava a espécie vivendo na região daquela floresta.


E foi nisso em que elas acreditaram, os ensinamentos começaram a ela para ensiná-la a controlar suas chamas, a fada, muito jovem, não tinha controle nenhum sobre as labaredas que vinha a criar, o que causava pequenos focos de incêndio em pontos específicos na floresta, focos estes que eram neutralizados rapidamente pelas fadas mais experientes que corrigiam a garota logo em seguida. Tudo ficaria bem se as coisas parassem por aí, Mizar saía escondida para áreas mais abertas dentro da floresta para treinar do domínio do fogo.


E assim ela começava seu treino… Treino que não durou quase nada de tempo. Logo em sua primeira tentativa, ela colocou fogo na grama sob seus pés. Antes que o pior viesse a acontecer, uma das fadas responsáveis por seu aprendizado interveio e apagou as chamas, repreendendo-a logo em seguida na esperança de que ela não voltasse a cometer o mesmo erro. Ledo engano. Mizar não só retornou a tentar treinar sozinha, como também continuou colocando fogo na floresta, devido à mesma cena continuar se repetindo, algumas das fadas começaram a vê-la com maus olhos, considerando-a uma garota totalmente irresponsável, levando até mesmo a algumas passarem a evitá-la.

Mas as suas fugas nada secretas não foram de todo ruim, foi em uma dessas suas aventuras que conheceu um amigo de longa data e que estaria com ela durante o restante de sua vida na floresta. Antes que pudesse lançar mais um de seus feitiços, saiu do meio da mata, andando em direção a ela, uma pequena criatura quase que no fim de sua vida, um pequeno vulpino muito magro e quase sem forças para se manter de pé. Assim que chegou próximo a ela, a criatura caiu.

Fracamente o vulpino a respondia emitindo o som natural de sua espécie, era um som fraco e quase imperceptível se não fosse pelo silêncio da floresta. Ela logo percebeu o problema, o pobre ser estava para morrer se não fosse alimentado.


Ela estava certa, próximo a ela, uma grande árvore onde nasciam as melhores maçãs de toda a floresta. Pegou algumas e deu para seu novo colega, ao notar que ele não teria forças nem para mastigar toda aquela comida, resolveu ter esse trabalho para ajudá-lo, além de também fazê-lo engolir o alimentado trazido a ele. Com a comida em seu estômago, o pequeno vulpino estava a salvo, ainda assim seriam necessários alguns dias para que ele retornasse ao normal.


Então Mizar o carregou até o local onde a sua espécie vivia, chegando lá pediu de imediato a ajuda das outras para cuidarem da criatura. Aquelas especialistas em medicina se dispuseram a cuidar de quaisquer possíveis ferimentos que ele poderia ter, já outras buscaram por comida para mantê-lo bem alimentado por dias. Além disso, construíram um abrigo para protegê-lo do clima e de possíveis ameaças que viessem da floresta.

Os dias foram passando e o pequeno vulpino se fortalecia mais e mais. Quando já podia caminhar de novo, Mizar o levou para a floresta com uma cesta de frutas para comerem quando achassem um local adequado. Não demorou muito para que chegassem a uma clareira bela e bem preservada. A fada e o vulpino sentaram-se no gramado e começaram a comer. No meio do lanche, a garota tentou dialogar com o vulpino.


Ela não obteve resposta, o pequeno Vuzzle não podia falar a mesma linguagem que ela, mas ele grunhia tentando passar o pavor que sentiu naquele dia. Mizar logo percebeu e pediu para que ele parasse.


Vuzzle, de imediato, concordou com isso, sentiria bastante prazer em viver com aqueles que o ajudaram. Para encerrar isso, Mizar daria um nome a ele, da mesma forma que houve com ela quando nasceu. Para ela, alguém que passasse a morar com as fadas estava nascendo para elas, então precisariam de um novo nome.


Vuzzle sorria, fazia sons de alegria. O nome por ele havia sido aceito. Ao terminarem sua atividade, retornaram para junto das outras fadas. O que aconteceu depois é uma história para uma outra hora.