dracôniaFórum RPG de Fantasia
Dracônia, H790O mundo pareceu não ter se curado da guerra entre os anões e as tribos bestiais. Formalmente o tratado de paz assinado pelos embaixadores dos quatro continentes garantira a paz entre as raças que caminhavam pelo mundo de Dracônia, mas o clima que impregnara-se no ar após a carnificina era de desconfiança e cautela. A cidade de Martis era um símbolo da paz conquistada; reunia os aventureiros de todas as partes do mundo, sem preocupar-se com religião, raça ou rivalidade clânica. Todos os dias novos aspirantes a herói e heroína partiam da cidade, carregando sonhos e objetivos únicos, mas os maus presságios pareciam só aumentar conforme o tempo passava. Tempestades infindáveis vindas do leste. Vulcões em erupção a oeste. Povoados inteiros desaparecendo ao sul. Algo maligno parecia avizinhar-se de Martis, como um predador que encurrala sua presa.
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[Contos] Priya

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[Contos] Priya - Sáb Set 28, 2019 11:53 pm


アタランテ

A noite já havia chegado e poucos sons poderiam ser ouvidos pela cidade de Martis. Sons tão baixos que poderiam ser considerados insignificantes perante a imensidão daquela cidade, ou mesmo inexistentes perante a grandiosidade do céu estrelado. Um desses sons eram os passos rápidos de Priya, que impulsionava suas pernas ligeiras contra o chão quase que afetando os solados de seus sapatos. Em não muita coisa pensava a não ser a segurança de sua filha, passara o dia sem se preocupar, pois Hope estava sobre os cuidados de sua tia, mas não conseguia evitar os pensamentos naquele momento de silêncio. Tentava driblar a própria mente e se aventurar por outras partes de seus pensamentos, mas qualquer corredor que passasse voltava exatamente para o mesmo lugar. Teriam os mortos voltado a vida, criaturas do além voltado à terra e levado sua filha? Teria sua irmã conseguido proteger a estalagem e mais precisamente, sua filha? Pensava nos corvos, pensava no tempo, pensava no vento que atrapalhava sua visão trazendo seus cabelos em direção aos olhos, mas nada era o suficiente. Em sua mente, estava em casa, observando o local em ruínas e sua família em prantos. Com tamanha distração, demorou para perceber que estava mais perto do que pensava. Estava tudo bem com sua casa.

Abriu a porta com sutileza, estava acostumada com o ranger que procedia o roçar da maçaneta. Adentrou a estalagem e subiu incessavelmente ao seu quarto, que adentrou após pegar a chave escondida abaixo do tapete da frente da casa. Retirou suas longas botas de couro enegrecido e desvencilhou pelos corredores até encontrar o quarto de sua filha. Foi aí então que veio o conforto, quando visualizou a figura angelical deitada em sua cama, uma criatura tão pequena que seus pés nem mesmo alcançavam a metade do colchão, completamente enrolada por sua manta favorita, apenas com suas orelhas brancas para fora. — Durma bem, minha gatinha — sussurrou a mãe que ansiava pelo amor de sua filha, sorrindo espontaneamente e fechando a porta à sua frente, deixando com que o silêncio abraçasse a figura tão amada, para que conseguisse descansar.

Agora que não mais estava afetada por tamanha adrenalina, Priya finalmente conseguia sentir os primeiros traços do cansaço por conta de seu dia exaustivo, que juntava-se com o sono e causava-lhe preguiça. A mulher sentou-se sobre uma poltrona arranhada localizada no meio da sala-de-estar e começou a despir-se, removendo pequenos acessórios de sua roupa até que ficasse com um número mínimo de trapos. Juntou todos seus tecidos e jóias e foi até o banheiro, onde continuou até que ficasse completamente nua, iniciando o seu banho gelado e silencioso. Tratava-se de uma casa pequena, e o mínimo barulho poderia acordar não só sua filha como também sua irmã, então mesmo os banhos matutinos deveriam ser silenciosos, sem deixar que o balde que carregava a água caísse ou encostasse muito bruscamente no chão. Após alguns minutos finalmente se aprontou, terminando sua ducha e vestindo roupas mais leves. Já estava pronta para dormir, mas ainda não o faria.

Priya tinha um passatempo favorito que repetia em todas as noites que estava preocupada com alguma coisa. A arqueira se dirigia até a janela de seu quarto da estalagem e escalava a parte exterior do prédio, sentando-se no telhado, onde conseguia ter vista de toda a cidade e além. Aquele momento acalmava-a mais do que o comum, era como se estivesse novamente no vilarejo onde nasceu, vislumbrando o brilho daquelas estrelas tão especiais, lendo as linhas do horizonte e forçando sua vista para conseguir observar os vizinhos dormindo por suas janelas, era como se estivesse sobre controle de tudo, como uma verdadeira vigilante. Cada pessoa tem uma forma diferente de se acalmar, e essa tão peculiar era a forma que Priya encontrou para manter seus hormônios controlados. Os inúmeros dias estressantes de uma mãe de uma garota de três anos, uma Nekomata tão jovem de apenas vinte e três anos, que conseguia manter uma vida tão esplêndida em uma cidade de adultos. Era um sonho que havia se tornado realidade, pelo menos muitos veriam assim, mas Priya na verdade só queria que o passado voltasse a ser presente, só queria estar cercada por sua família, sua mãe e seu pai, e que sua filha soubesse como era bom o amor que sua avó tinha a oferecer.

A cauda começava a se aquietar, as pupilas cansadas anunciavam que o sono havia chegado. A Nekomata se lançou do telhado bem estruturado e se agarrou à madeira fixada na janela, adentrando o quarto novamente com um movimento gracioso e impecavelmente silencioso. A janela se fechou às suas costas e os passos confortáveis em piso de madeira guiaram os ombros cansados à cama de solteira preparada para o sono. — Amanhã será um longo dia — suspirou novamente, pois sabia que, à partir daquele momento, todos os dias seriam cansativos.

HP: ❲250 ✘ 250❳ MP: ❲250 ✘ 250❳ EG: ❲00 ✘ 03❳

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Lutero
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[Contos] Priya XRv0E79
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Re: [Contos] Priya - Dom Set 29, 2019 1:20 am

Um expectador que via a arqueira escalando prédios cruzava os dedos (de ambas as mãos) para que James Lannister não aparecesse em uma das janelas; que a arqueira não visse o que não deveria ser visto.
Poderia ser trágico.



Conto Aprovado, @Grant

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