[Missão B] O caminho da cevada - Jutiper

Billy, o Taverneiro escreveu:Saudações, Murakami Mayumi
Solicito que venha conversar comigo, aqui na taverna Bafo de Dragão, eu tenho um trabalho para você.

O bilhete foi entregue à Mayumi assim que a mesma acaba de sair do Ferreiro de Martis. O homem cuja taverna encontrava-se ao sul de onde a garota estava esperava por alguém para resolver sua problemática. Seu estabelecimento é pequeno, e ele é o único funcionário do local: um homem calvo, que quase sempre veste a mesma roupa, e tenta (mas nem sempre consegue) ser elegante e simpático com seus clientes.

Considerações:

@Jutiper

Havia investido todo seu ouro naquela arma, não estava nem um pouco feliz com a qualidade de sua nova aquisição e como ferreira tinha convicção que com um pouco de tempo, materiais corretor e um pouco de boa vontade traria ai mundo uma lâmina tão única que qualquer um em toda Aflesia seria capaz de reconhece-la ao simples olhar, entretanto sua realidade se limitava em buscar obter a melhor performance com aqueles 50 centímetros de pedra polida. O primeiro passo para deixar o estabelecimento mal fora dado quando Mayumi notou a abordagem, não soube dizer quem era e muito menos de onde veio e tudo que restara da estranha situação havia sido um curto bilhete sem maiores detalhes. Os olhos acinzentados correram pelas poucas linhas de escrita. Suspirou. Por mais que achasse tudo aquilo muito curioso era inegável que após sua última compra necessitaria reaver seus fundos, então, em uma condição de necessidade decidiu-se por ao menos ter maiores detalhes acerca daquela proposta.

"Bafo de Dragão. Bafo de Dragão. Pois bem...", não tardou até que a jovem pudesse se localizar dentro dos arredores comerciais da cidade e sem pestanejar mergulhou estrutura adentro. A passos cadenciados atravessou o salão com o olhar fixo a sua frente, os olhos inquietos fitavam cada pedaço do lugar tentando desvendar qualquer segredo que a situação poderia vir a ocultar de seus sentidos, não estava totalmente convencida da veracidade daquele trabalho, mas valia a pena tentar. A destra ergueu-se a meia altura despejado o pedaço de escritura sobre a superfície e os olhos encararam sem timidez o sujeito por trás do mesmo — Vim por conta do trabalho — constatou ela —, entretanto ainda não decidi se o farei ou não. Tudo depende das circunstâncias e custo benefício, bem, você me entende — deu de ombros com um sorriso debochado no rosto — E mais uma coisa, como sabe meu nome? Principalmente meu sobrenome — contestou agora de maneira mais séria e firme.

Arma:

Mochilha:

Billy, o Taverneiro ajeitou o que restava de seus cabelos numa simples passada de mãos que iniciou no centro da testa e findou no centro do crânio, enquanto era encarado pela presença ilustre da garota contratada. Ele reagiu às indagações de modo singelo, pois não era um homem muito profundo, e quase nunca conseguia ser superficial, a não ser que fosse para tratar de negócios. Por um lado, não gostou de ser abordado daquela maneira, mas por outro, sabia que precisava de um serviço barato que resolvesse o mais rápido possível sua problemática.

— Seu nome? — Retorquiu, olhando novamente o bilhete pois já não mais lembrava — Ah sim, ao menos foi isso que o homem que me ofereceu seu trabalho disse. Por que? Está errado? — Disse, parecendo contrair uma de suas sobrancelhas. — Enfim... vou te contar um pouco mais do que é que você tem de fazer. Estou com um problema de entrega, eu paguei à um comerciante para que trouxesse a cevada para que eu pudesse fazer a cerveja de meu estabelecimento, mas ele desapareceu. Preciso que alguém vá atrás dele para que eu saiba seu paradeiro... se ele for um ladrão, peço que o capture. Se ele tiver sido roubado, peço que o ajude. É isso.

Considerações:

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— Não, não está errado — contrapartiu rispidamente a menina —, mas não é como se eu fosse uma figura pública para desconhecidos o conhecerem — desviou o olhar para o lado, os braços cruzaram-se frente ao peito enquanto permitiu que o homem prossegui-se com a descrição de sua oferta. Não parecia uma aventura da qual poderia tirar muitas lições ou melhorar suas habilidades, sequer gostava de cerveja porém precisava do dinheiro, mesmo que não significasse receber uma fortuna. O maxilar encaixou-se entre o polegar e o indicador ao mesmo tempo que seus olhos se fecharam em pensamento, ponderou os ganhos, possíveis perda, tempo investido e riscos; por fim concluiu por atender ao pedido, afinal não havia outras propostas ou algo para se fazer. — Certo, parece algo que eu consiga fazer. Irei aceitar esse serviço, só preciso que me dê mais detalhes sobre a situação, principalmente sobre esse homem e sua localização.

[ HP: 350/250 | MP: 250/250 | EG: 0/3 ]

Arma:

Mochilha:

Considerações:

— Ótimo, ótimo, bem como Mioth havia me dito que você aceitaria — Indagou sorridente. Em rápidos movimentos, puxou um pequeno papel e desenhou um esboço de mapa, indicando a rota que o seu fornecedor do ingrediente fazia. — Bem, isso é tudo que eu posso lhe dizer, afinal, eu sei tanto quanto você sobre o paradeiro dele — Entregou-na o mapa.

Considerações:

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Observou rabiscos se tornarem uma espécie de mapa, não era algo a se admirar mas com certeza lhe auxiliaria em sua busca, Terras Férteis era seu destino, não conhecia o local e pouco imaginava o que poderia esperar por lá, entretanto seu espirito almejava o novo e desconhecido. A destra lançou-se até o registro feito pelo velho, seus olhos fitaram mais uma vez os detalhes para confirmar a rota, porém ainda sentia-se desnorteada como se aquele quebra-cabeça tivesse demasiadas peças desaparecidas e por isso, antes de dar meia volta e iniciar seu trabalho insistiu um pouco mais em relação ao homem que teria de encontrar — Terras Férteis, hm?! Certo, mas me fale um pouco mais sobre esse comerciante, como ele é, personalidade, se percebeu algo de estranho no seu comportamento... — exemplificou a modo de facilitar a tarefa do contratante.

[ HP: 350/250 | MP: 250/250 | EG: 0/3 ]

Arma:

Mochilha:

Billy suspirou fundo, ele estava num misto de preocupação e antipatia. — Garota! se você demorar demais você vai encontrá-lo morto! — Gesticulava como um maestro, orquestrando furiosamente a nona sinfonia de Beethoven. Depois pensou duas vezes, e prosseguiu dizendo ao menos algo característico do homem — Ele... ele usava um chapéu preto e pontudo. Digo... Ele sempre o usa — Explicou, suficientemente.

No outro lado da bancada homens reclamavam que numa taverna como aquelas não tinha cerveja. Outros diziam estar indo à Taverna Bafo Dracônico. Billy encontrava-se amargurado. A taverna concorrente ainda teria sua cerveja disponível, e isso enfurecia Billy. — Olha... não é por nada não mas... eu suspeito que sejam esses loucos da Bafo Dracônico que me sabotaram.

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@Jutiper

A falta de vontade de ajudar por parte do homem ou sua pressa exagerada não agradava Mayumi que naquele momento apenas desejava não ter se jogado no escuro de tal forma, porém a falta de dinheiro era uma necessidade mais urgente do que informações e por isso não transformou toda a situação em uma discussão desagradável. — Tudo bem, eu já entendi. Estou de partida se isso é tudo que tem a dizer — jogou a mochila nas costas, girou sobre os próprios calcanhares e saiu em direção a seu novo destino. A destra resgatou de dentro das vestes o mapa que o velho havia lhe dado minutos atrás, seus passos lhe levavam em direção os limites da cidade de Martis; De fato era uma longa viagem que não poderia ser feita a pé diante das circunstâncias que seu contratante exigia e por esse motivo a Murakami decidiu tomar uma atitude que normalmente não faria: solicitar ajuda de desconhecidos;


Seus olhos negros fitavam o ambiente com atenção, pelo senso comum entendia-se que poderia reconhecer algum viajante com alguma carroça ou algo do tipo que pudesse lhe fornecer uma carone em troca de...bem, nada. Seria conveniente em algum momento poder adquirir um cavalo, uma montaria sempre lhe seria de grande auxílio quando se viaja o mundo, entretanto do jeito que as coisas estavam a garota sequer tinha o direito de pensar em despesas. Se por ventura tivesse êxito em sua busca aproximaria-se do sujeito — Com licença. Está partindo da cidade? Estou indo até Terras Férteis, uma carona seria de grande ajuda... — carisma não lhe era uma característica visível, suas palavras foram diretas e secas e se isto não lhe trouxesse o resultado esperado não insistiria muito mais e tomaria como decisão final seguir seu caminho por conta própria.   

[ HP: 350/350 | MP: 250/250 | EG: 0/3 ]

Arma:

Mochilha:

Considerações:

Por bem, Mayumi via diversos cavaleiros indo em direções diversas, era um bom horário para abordagens como aquela, porém não muito se afeiçoavam com o pedido da garota e simplesmente a ignoravam. Havia, no entanto, uma certa carroça que havia saído da taverna Bafo Dracônico, enorme e composta de três cavalos, um homem manejando os corcéis e outro dentro do cubículo luxuoso no qual a carroça levava. Ele também ignoraria Mayumi, mas... era praticamente impossível de se ver a traseira da carroça; ela não possuía janelas traseiras e havia um compartimento que era utilizado para carregar bagagens, e que no momento não havia bagagens. Seu destino final era no centro das Terras Férteis, numa fazenda luxuosa.

Se ela optasse por ir apé até o local, a trilha se estenderia por vários quilômetros até perceber bifurcações que pareciam levá-la ao leste, e outra para o oeste, no referencial em que ela estivesse. Por algum motivo, a trilha não seguia reto como no mapa, e por isso a dúvida lhe surgiria.

Considerações:

@Jutiper

A falta de vontade por parte daqueles estranhos era perceptível e não demorou para que Mayumi finalmente entendesse que insistir naquilo era uma grande perda de tempo e, por mais que sua percepção lhe dera a oportunidade de embarcar as escondidas na parte de trás de uma carroça preferiu por franzir o nariz e seguir seu caminho da maneira mais simples e objetiva possível: caminhando. Seguir o mapa se mostrava mais dificíl do que aparentava, talvez por ter sido feito de uma maneira tão amadora ou talvez  por uma falta de noção de geográfica por parte de seu contratante, a verdade era que aquela referência de localização pouco lhe ajudava no momento. A quanto tempo estaria caminhando? Não sabia dizer. A única coisa que tinha certeza era que Terras Férteis mostrava-se um ambiente do qual não possuía muitos conhecimentos, até porquê aquela bifurcação não estava representada no mapa.

— Que ótimo — sussurrou para si mesma. A destra ergueu-se até sua nuca e repousou por lá, suspirou em desanimo. Algo lhe dizia que naquele momento deveria contar com a sorte, coisa que sabia que não tinha em grande quantidade, de toda forma, tentando manter-se o mais fiel possível de seu caminho optou por seguir ao oeste. 

[ HP: 350/350 | MP: 250/250 | EG: 0/3 ]

Arma:

Mochilha:

Aos poucos a vegetação tornar-se-ia um tanto putrefata. A garota estaria adentrando nos recintos da Planície Fantasmagórica, e agora seria a sua última chance de voltar, porém encontraria logo de cara algumas porções de plantas ressecadas gramíneas que certamente não faziam parte daquele relevo, certamente teriam caído do cesto de algum viajante que teria passado por ali, formando um caminho para o centro do local. Junto dessas plantas estavam também um rastro de sangue - também seco -, provavelmente aquilo que passou por ali teria já sido morto há um bom tempo. Se Mayumi seguisse a rota de sangue seco, veria-se (depois de cerca de dez passos) num ambiente escuro, como se somente naquela floresta estivesse noite. Ao pé de uma das árvores jazia um esqueleto caído; noutro canto, onde o rastro de sangue terminava, dois arbustos pareciam se mexer de forma estranha, o que poderia fazer com que ela se sentisse estar sendo observada.

Considerações:

@Jutiper