[Missão B] A intriga - Arthuria

Um burburinho pouco deleitável aos ouvidos foi o bastante para que a aventureira recuperasse a consciência. O cepo de madeira em que se escorava parecia mais macio do que um travesseiro, mas nem o conforto da natureza lhe privara da deselegância da metrópole. Para uma pessoa auditivamente sensitiva como Arthuria, um punhado de aldeões reunindo-se para o festejo era tão incomodo quanto uma corrida de touros enfurecidos.

Felizmente a donzela estrangeira poderia valer-se da própria concentração para apaziguar os sons ecoando em seus neurônios, mas os comentários acusativos e ácidos proferidos pelos envolvidos eram impróprios para uma conversa saudável, talvez até mesmo para uma discussão. Tratava-se de uma abordagem que possivelmente culminaria em violência e o código moral de Arthuria era como uma trava para quaisquer formas de violência gratuita entre civis. Por causa disso, afagou os pelos da pequena raposinha que lhe acompanhava e lhe ordenou que pulasse para fora do colo, o que foi respondido com um movimento gracioso onde o pequeno animalzinho prostrou-se em quatro patas e pôs-se a segui-la até as redondezas do conflito.

— O que está acontecendo aqui? — Arthuria questionou. Pontuando mentalmente que provavelmente não seria ouvida em meio a multidão, tomou a coragem para atravessar com maior insistência através do mar de gente, findando a sua trajetória entre ambos os envolvidos. — Pelos deuses, homens, parem com isso! — Disse.

— Narrativa feita com base na qualidade Audição Aguçada.
— 1 ponto em Carisma deve ser minimamente útil, eu acho.
— Ainda não percebi a senhora, caso ela seja de alguma importância.

Bag:

Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 0/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

A embriaguez lhe entorpeceu os sentidos. Aquele miasma pútrido, que muito remetia pequenas peixarias na orla de Serdin, era de certo proveniente de uma quantidade absurda de álcool. Um encontrão entre os combatentes e todo aquela massa desprovida de equilíbrio sobreveio ao encontro da menina dos fios dourados e do restante da platéia. Arthuria era forte, muito mais do que a média de humanos naquela cidade. Deu um passo a frente e seu braço se estendeu com os dedos abertos, suportando todo aquele peso massivo.

— Vocês não tem jeito. — Queixou-se, balançando a cabeça negativamente. Ela ergueu a outra mão e cadenciando a massa corpórea do bêbado através das mãos, caminhou com ele até que pudesse sentar-se no chão, escorando-se na parede de uma casa próxima. Seus olhos permaneceram compenetrados na outra figura agressora, certa de que se ele a atacasse, devolveria a altura. — Eu perguntarei outra vez. Por que vocês estão brigando? Podemos resolver isso conversando ou posso leva-los para as autoridades, o que seria bem mais fácil. — Ameaçou, cruzando os braços e fitando ambos os homens quando o mais propenso a quedas estivesse à vontade no chão.

— Força 3. Eu posso destruir concreto com facilidade, então segurar com uma só mão o corpo de 110kg é brincadeira de criança.
— Mesmo sem intimidação, eu usei da intimidação das forças da lei para talvez tentar acordar os rapazes. Sei que estão bêbados, mas se puderem ao menos contar o que está havendo, posso continuar para a resolução do problema.
— Mesmo que eu tivesse 5 de Percepção, a velha seria mais uma aleatória na multidão. Torna-la relevante sem que tivesse algum papel na cena não seria nada coerente.

Bag:

Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 0/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

Ao escutar a inaceitável calúnia, o homenzarrão mais moderado perdeu as estribeiras e decidiu esmurrar o pobre coitado. Era um gorducho tolo, afogando-se na própria embriaguez e balbuciando quaisquer bobagens que se avizinhassem dos seus neurônios. Seu agressor era igualmente parvo, mas diferente do outro, havia certa credulidade em sua raiva. Arthuria projetou o seu próprio punho contra o golpe do agressor, mas seus dedos se abriram e tentaria interceptar o golpe segurando o pulso do rapaz, como forma de contê-lo, e posteriormente conectaria uma frase. — Ele é um bêbado resmungão e sem nenhum senso de realidade. Tem certeza que vai perder seu tempo com ele? — Ressaltou, dando ênfase no quão imbecil era aquela contenda. Ela suspirou e largou o punho do homem, com fé de que iria no mínimo ouvir o que tinha para dizer. — Alguém roubou esse homem e certamente está tentando te incriminar. Quer perder tempo com um homem desmaiado ou gostaria de ajuda para descobrir o que está havendo? — Indagou.

— Velocidade 2 para impedir o golpe e força proporcional ao necessário para impedi-lo.

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Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 1/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

Caswald continuou resmungando alguma coisa incompreensível e gesticulando bruscamente com as mãos. Estava bêbado e não havia credibilidade nas palavras de um alcoólatra. Se por outro lado estivesse correto e alguém de fato lhe tivesse roubado, o meliante não era Warusam. Arthuria não conhecia o homem, mas encontrou na raiva do mesmo a sinceridade de um indivíduo inocente. De pé, fitando o pobre diabo que jazia no chão, a loira dos olhos em turquesa entreviu uma silhueta desconhecida se aproximar.

— O Chifrudo? — Questionou, moderadamente curiosa. Arthuria pontuou mentalmente que talvez o bêbado estivesse dizendo a verdade, mas buscaria a opinião de um oficial de polícia a respeito da presença daquele tipo de criatura nas redondezas e se era um padrão comportamental destes furtar os pertences alheios. Naquele momento, exausta do cheiro de álcool invadindo as suas narinas, ela despediu-se dos viciados com uma vênia e partiu para o prédio dos oficiais, com quem esperava conseguir informações sobre os tais Dolg'Na.

— Decidi procurar o item no recinto dos Dolg'Na, mas para isso eu preciso de informação sobre onde encontra-los e como ir para lá, de forma que o melhor lugar seria a Delegacia de Polícia, o que presumo existir em toda cidade.

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Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 0/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

A central de polícia era muito mais distante do que imaginava. Arthuria atravessou toda a periferia da cidade, os bairros comerciais e até mesmo o grande parque no centro da cidade, findando em um prédio de três andares, erguido por colunas de mármore e pintado em cinza. Na porta, duas figuras masculinas pareciam fazer a vigília. Em passadas demoradas a menina caminhou em sua direção, pronta para um pequeno interrogatório a respeito da tal criatura roubando os moradores.

Foi quando o inesperado aconteceu.

Naquele momento, foi testemunha de um evento incomum, inoportuno e sem fundamento lógico. Entreviu no fim daquela avenida, quando cruzava-se com outra rua na esquina, um amontoado de pelos brancos em formato longo, como a cauda de um felino. Sobressaltou-se com a criaturinha e de imediato seus olhos correram para a pequena Nymeria, que descansava aos seus pés após uma longa caminhada. Encarou novamente os guardas, que nada perceberam a respeito do fantasma peludo. Eu não posso perder meu tempo aqui. Se for o caso, volto aqui noutra hora e lhes convenço a me ouvirem, decidiu. — Droga, eu esqueci meus documentos em casa! Esperem por mim, logo voltarei para tratarmos de algo importante!— Mentiu, abruptamente correndo ao encalço da criatura desconhecida antes que a perdesse de vista.

Eu não escolhei uma velocidade específica, mas considere uma velocidade justa para que eu consiga seguir a criatura até onde ela deseja ir, sem espanta-la no processo. Caso seja necessário, me contate a respeito de precisar gastar stamina (caso a velocidade necessária seja demasiadamente rápida para o feito).

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Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 0/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

Cadenciando suas passadas para que se mantivesse num ritmo moderadamente acelerado e projetando uma longa linha imaginária entre a sua pessoa e a criatura felpuda, Arthuria seguiu ao encalço da monstruosidade, convicta de que a perseguição findaria na conclusão para aquele mistério. Trespassou a fenda na enorme muralha de concreto, contorcendo-se levemente para que não se cortasse com suas extremidades e saiu em uma área de flora rasa, com algumas árvores cercando-na.

— Para onde ela... — Suas palavras foram imediatamente interrompidas por um movimento suspeito dentro provindo dos arbustos. Sua audição era precisa, o suficiente para que mantivesse uma guarda constante para os perigos de suas cercanias. Preocupada, colocou a mão sobre o cabo da espada de madeira e suspirou profundamente, escolhendo o caminho mais próximo dos movimentos para que verificasse o que havia. Sua guarda permaneceria redobrada, ao passo que inúmeras possibilidades pouco favoráveis avançavam como flashes luminosos entre as suas sinapses neurais. — Quem está ai? — Questionou.

Estou imaginando um cenário noturno, embora isso não influencie em nada graças as minhas proficiências. Audição Aguçada está sendo usada para descobrir com precisão o que é ou o que se esconde nos arbustos. Como visto na descrição da proficiência, ela é especialmente útil com alvos próximos, de forma que farei uso disso para não ser facilmente surpreendida.

Bag:

Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 0/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

Uma figura esquia saiu das sombras como um rato na escuridão. Arthuria não pôde vê-la com clareza, mas entendeu que se aproximava com velocidade, ao mesmo tempo em que protuberâncias pontiagudas assomavam-se de sua retaguarda. Seus instintos como uma cavaleira de imediato induziram-na a defesa. Trouxe à tona a espada de madeira, brandindo a lâmina habilmente e suavemente dançando com os pés, de modo que o corpo sairia poucos centímetros da reta de ofensiva e a espada se chocaria contra a lateral dos chifres da criatura, defendendo-se do golpe por afastar a sua pessoa no processo. Na mesma passada, suas mãos se uniriam ao cabo da espada e a espadachim violentamente desceria o objeto através do que deveria ser as entranhas do monstro, com potência o suficiente para rasgar-lhe a carne com um único e poderoso golpe.

Com um provável sucesso, seu corpo giraria como forma de ampliar o alcance do golpe, mas sabiamente realizando o movimento para que se prostrasse defronte ao próximo inimigo. Estava preparada, com a respiração controla e com ambas as mãos segurando o cabo da espada. Seus ouvidos, sábios como um antigo mestre, analisavam cuidadosamente cada movimento da criatura, concatenando os sentidos da aventureira para que golpeasse no momento perfeito. Com o advento da investida, seu próprio corpo avançaria, mas usaria um dos pés como propulsor de um salto que lhe levantaria poucos centímetros no céu, suficiente para que a espada deslizasse sobre a parte superior do monstro, possivelmente lhe cortando ao meio.

E pousaria, pois certamente não era um pássaro, no instante seguinte, apontando a espada de madeira para o terceiro alvo. Foi naquele momento de espera que apercebeu-se de um ruído não natural, alheio aos inúmeros sons que se faziam presentes na floresta. Um outro inimigo? Questionou-se, um pouco preocupada. Não queria enfrentar muitas daquelas criaturas, tampouco achava-se hábil o suficiente para enfrentar uma horda grande, mas o faria se necessário fosse.

Para tornar o combate mais imersivo eu defendi o primeiro golpe com pura perícia de espadachim, não vendo direito o alvo mas empurrando o golpe lateralmente para o lado contrário ao que eu dei os passos, ao passo em que conectei um contra-ataque ao monstro com força 3. Esse contra-ataque foi um golpe de cima para baixo e girando o corpo para talvez aumentar a área de efeito dele, lembrando que o golpe em si tem 50% a mais de dano por conta da subclasse primária de espadachim.

Esse giro me faria parar encarando a direção por onde o outro monstro viria — algo propositalmente elaborado graças a audição aguçada —, mas meu ataque para com essa criatura não teria o bônus de espadachim. Ele seria feito partindo para cima do monstro e usando os ouvidos e os outros sentidos para calcular o momento preciso em que deveria saltar com a espada, mantendo-a firme para que cortasse o monstro ao meio. Posso enviar um vídeo com um movimento assim caso queira.

Com o fim disso, eu pousaria e me viraria para o terceiro, apontando a espada para ele e só então percebendo o som estranho.

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Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 1/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

Um segundo depois da manobra da cavaleira, a bestialidade encarnada acometeu em um assalto violento, semelhante ao dos seus companheiros caídos. Arthuria sorriu. Gostava de combater bestas selvagens e sentir o frenesi da batalha atravessando os seus ossos como uma descarga elétrica. Mas, diferentemente do Dolg'Na, a cavaleira era esperta o bastante para não distrair-se em combate e por causa desse mínimo diferencial apercebeu-se do som que distanciava-se daquela região. Eu não posso deixa-lo escapar! Decidiu, de súbito virando-se na direção do som e partindo em velocidade moderada ao seu encalço.

Arthuria permitiu que a criatura que lhe atacava se aproximasse, que sentisse por um attosegundo o sabor da vitória, de acertar a sua antagonista, para que no instante seguinte ela saltasse e girasse com o cabo da espada, surpreendendo o monstro com um corte de baixo para cima igualmente giratório, combinando agilidade e força bruta para que pudesse decepar a cabeça do monstro e pousar na terra a tempo de continuar a perseguição ao som desconhecido. Nymeria, que até então preferia não entrar em combate, acompanhava Arthuria na mesma velocidade da menina, de forma a atacar quando fosse solicitada.

A velocidade normal de 2 pontos em Agilidade é 4m/s mais alta que a velocidade máxima de 1 ponto. Eu reduzi um pouco essa velocidade normal até mais ou menos 11/12m/s, pro bicho se aproximar e então eu surpreende-lo girando com o golpe arqueado para arrancar sua cabeça. Terminado isso, prosseguiria na perseguição. Força 3 usada.

Bag:

Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 2/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

— Espere! — Arthuria bradou, fuzilando a figura encapuzada com os olhos esmeraldinos. A pequena raposina rosada corria passo a passo com sua mestra, adentrando consigo novamente através da fenda na muralha e retornando para o distrito residencial. Arthuria permaneceu naquele ritmo contido, convencida de que se precisasse valer-se da força, era necessário estar devidamente descansada. Foi nesse compasso que dobraram em uma esquina mais adiante e findaram em um casebre aparentemente vazio, onde uma escadaria era o único caminho para o segundo andar e haviam uma porção de quartos dentro do recinto.

Onde ela está? Arthuria questionou-se, concentrando-se para manter a respiração em cheque. Ela fechou os olhos e pôs no dedo na boca, sinalizando para que Nymeria fizesse a menor quantidade de sons possível. Com os olhos fechados, concentrou-se nos sons do ambiente, para além do ponto em que estava, procurando os menores indícios de que algo escondia-se no casebre. Um humano comum certamente falharia em uma tarefa como essa, mas Galahad ensinara-lhe a escutar como um felino, a concentrar a sua audição em alvos próximos e a rastrear seus inimigos através dos ouvidos.

Descansei nesse turno e usei da Audição Aguçada para encontra-la. Mesmo que não esteja fazendo barulho proposital, ela respira e seu coração bate, de forma que poderia encontra-la se não tiver nenhuma habilidade extra protegendo-a. Não narrei êxito por causa dessa última questão aí.

Bag:

Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 1/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3

Encurralada dentro de um casebre abandonado, a figura encapuzada aguardaria silenciosamente pela cavaleira dourada. Esse silêncio, todavia, nada significava para Arthuria, cuja audição era poderosa o bastante para que identificasse a presença de um humano na extremidade de um dos quartos. A pergunta mais difícil era qual dos dois quartos guardava a fugitiva. Ela caminhou em passos vagarosos até as paredes que dividiam os cômodos, guardou a espada de madeira na cintura e golpeou o concreto com vontade algumas poucas vezes. Na dúvida, bastaria abrir um rombo entre ambos os quartos e o corredor, de forma a revelar o paradeiro da perversa.

Eu simplesmente dei uns socos (Força 3) na área marcada de verde, de forma que eu pudesse enxergar ambas as probabilidades ao demolir aquela área dos quartos. Schrödinger deveria ter feito isso desde o princípio. https://sketchtoy.com/69033044

Bag:

Arthuria; HP: 250; MP: 250; EG: 2/4
Nymeria; HP: 500; MP: 100; EG: 0/3