[Ficha de Personagem] - Lúthien Quen'maror

Era uma vez, em um floresta distante, um druída passeava pelo local à noite, uma noite estranhamente magnífica, parecia que a esta brilhava naturalmente, os animais estavam pacíficos, e os pirilampos davam vida ao local com seu brilho. A lua estava linda, parecia muito mais perto do que o normal e também parecia brilhar ainda mais que o normal.

O druída se sentia atraído, como se algo o chamasse e ele não conseguia resistir de nenhuma forma, ela apenas sentia que tinha de continuar porque havia algo a ser achado ali. Ao fim de alguma horas de caminhada, ele chega ao topo de uma colina que apontava diretamente para a lua, da qual pode observar a verdadeira beleza do estranho e raro fenómeno.

Subitamente, uma mulher aparece na frente da lua e desce na direção do homem que não conseguia desviar o olhar e nem se conseguia mexer. Ela colocou os seus braços sobre os ombros dele e ele logo a abraçou pela pelos lados do ventre. Não foi precisa qualquer palavra, ambos sabiam o que estaria para acontecer, e numa melodia de gemidos e sopros do vento os dois se envolveram.

No dia seguinte, o druída acorda sozinho e a beleza da floresta tinha desaparecido completamente, ouviam-se rugidos de bestas ferozes ao fundo. Ele tinha que se apressar para conseguir sair dali vivo e sem ser encontrado, mas não teve essa sorte, chegou numa pequena civilização sem um dos seus braços e pálido com toda a perda de sangue.

Ele contou da sua aventura mas a maioria achou se tratar de alguma alucinação devido à perda de sangue e apenas o chamavam de alucinado. Infelizmente, o mesmo não sobreviveu ao ferimento pois nenhum dos médicos ou curandeiros ali tinha capacidades para o ajudar em um estado tão grave.
Mas a história era verdadeira, mas ainda demorou alguns anos até se poder provar. Pois só alguns anos depois se ouvia por entre as raízes de uma árvore que criavam uma toca à superfície uma criança choramingar, esta era a filha da relação dos dois, a árvore a alimentava com sua própria seiva, lhe fornecendo os nutrientes necessários para crescer.

Os meses se foram passando até que ela já conseguia caminhar e a sua própria curiosidade a levou para fora da toca onde era recebida com uma série de diferentes espécies que esperavam a sua aparição. Nesse momento, um mocho desce sobre a criança e coloca suas asas sobre ela a fazendo crescer, aprender a falar e até a escrever. Ela estava maravilhada e demonstrou, imediatamente, possuir magia no seu corpo pois qualquer lugar que ela pisasse criava nova flora, notavasse que não tinha qualquer controle mas ainda era belo.

A criança ia crescendo naquele meio, onde começava a aprender como usar as suas habilidades, aprendeu a nadar, escalar, a orientar-se na floresta. Mas com isso também crescia a sua curiosidade. Ela não se via como qualquer um dos outros animais, e perguntava-se qual seria a sua origem, mas ninguém lhe dava ou tinha uma resposta concreta.

Inevitavelmente, ela se revolta indo diretamente falar com o mocho que parecia agir como seu guardião, e ele lhe propôs um desafio. Teria de lutar contra um carnívoro alado e um herbívoro coberto de pedras e se vencesse poderia descobrir mais sobre ela. Parecia perigoso, mas ela não tinha nada a perder e se apressou a preparar o que precisava para partir.

Ela procurou durante dias, tendo de sobreviver ao frio e fome e a passar por caminhos perigosos até que um dia, em uma noite semelhante à da sua criação, ela chega a uma clareira onde encontrou um leão com asas e um outro animal coberto por pedras semelhante a um rinoceronte. Os dois souberam imediatamente do que se tratava sem nenhuma troca de palavras, eles lhe deram as boas vindas e longo investiram em um ataque.

O herbívoro avança rapidamente na direção da garota, enquanto que o leão alça voo. A moça tenta parar os movimentos do terrestre, criando raízes para o atrapalhar, mas este ergue as patas dianteiras e as bate no chão com força fazendo a terra mover-se e alterar-se o libertando das raízes que continuar a sua corrida, baixando a sua cabeça e empurrando a garota para cima à altura do leão, onde o mesmo dá um cambalhota no ar e a acerta com a cauda jogando-a no chão criando uma pequena cratera com tamanha força.

A queda levanta muito pó no ar, deixado os dois adversários sem conseguir ver para dentro, apenas ouvem um enorme alto grito da garota, e do nada surgem raízes de dentro da fumaça que agarra os dois animais e os força a colidirem um com o outro em pleno, então ela sai de dentro do pó e acerta um soco de cima para baixo no rinoceronte e aproveita o impulso para dar um cambalhota e acertar um chute com o calcanhar do pé no leão, jogando os dois animais no chão.

Eles se recuperam e olham para a garota que estava com um outra aparência, seu cabelo estava mais longo, seus caninos e sua unhas tinham crescido, as susas pupilas ficavam pontiagudas como as de uma fera e a sua força tinha aumentado substancialmente. E se apressam em mais um ataque, o leão abre a sua boca da qual dispara um jato de fogo, mostrando suas habilidades de fogo, que atinge diretamente a garota, o mesmo aproveita para a agarrar com a bota, a jogando de volta para baixo, mas o outro bate com uma das patas no chão e cria um pilar de terra que sobe rapidamente e atinge a garota lhe partindo alguns ossos. Ela cai no chão e o herbívoro tenta atacá-la de novo tentando pisoteá-la com as patas da frente.

Mas do nada, a sua aura se manifesta cobrindo todo o seu corpo, e ela ruge como um verdadeiro animal, um rugido forte e grave, aumentando ainda mais a sua força e velocidade. Ela coloca as suas mãos dos lados da sua cabeça, pegando impulso e erguendo as pernas acertando o animal de pedras na sua barriga o empurrando para longe. Ela então cria um pares de asas com a sua aura e duas finas caudas, começando a voar na direção do leão no qual acerta uma série de golpes a uma velocidade que ele não conseguia acompanhar.

Ela solta mais um rugido, surgindo um aumento ainda maior de sua aura, mas a mesma desaparece instantaneamente e Lúthien volta ao seu estado mental normal, no entanto suas asas se mantinham, quando um voz grave ecoa pela floresta, com um tom imperativo, gritando "Parem!". A batalha tinha sido ouvido a grandes distâncias, ao ponto de duas graciosas criaturas saírem por dentro das árvores que os rodeavam. Um veado com as astes mais elegantes que alguma vez Lúthien tenha visto e uma raposa de inúmeras caudas com pêlos extremamente majestosos. As duas criaturas com que Lúthien lutava se curvavam quando os mesmos apareceram, Lúthien imita os outros dois e se curva também.

"Basta." Dizia a raposa com uma voz feminina, mas também grave de certa forma. Os dois seres explicaram o porquê da interrupção na batalha, dizendo que a garota estava passando dos limites que tanto a raposa quanto o veado mal conseguiriam controlar. Também lhe explicaram sobre o que a garota realmente era, uma elfa, e isso explicava a sua grande afinidade com os poderes que envolvem plantas. Para além disso, acrescentaram que o facto de Lúthien possuir um poder tão destrutivo e sobre o qual não possuí controlo era um perigo para todo e qualquer ser vivo que habitava aquela floresta. Desta forma, aconselharam a garota partir e procurar ficar mais forte até conseguir controlar os seus poderes para que pudesse proteger quem vivia ali e não simbolizar uma ameaça para aqueles que cuidaram dela.

Lúthien obedeceu às duas criaturas, que pareciam ser criaturas sábias e poderosas que habitavam o local, ela voltou para a sua toca onde se preparou para partir.

Pelo menos é assim que conta o conto da "filha da floresta"...