[Treinamento em Conjunto] Atos de Selvageria (aviso de gatilho: violência explícita)

É chegada a hora, depois de uma pequena sessão de treinamento e quase briga com outros aventureiros Thrall chega na arena da cidade e todos que ali estavam puderam perceber tal presença, de inicio pôde-se apenas ver a gigante sombra do Bugbear sob os portões da arena e seus bem chamativos olhos vermelhos, assim que ele aparece ao sol todos puderam da uma boa olhada no seu gigante e peludo corpo e no machado que carregava sobre seus ombros.

De longe ele avista a Elfa e dá um largo sorriso, começa a caminhar em direção a ela a passos lentos aos olhos das pessoas que estavam presentes na arena e que se encaminham para a beira das arquibancadas, eram poucas pessoas, mas um murmurinho pôde ser ouvido entre eles e mesmo de longe podiam sentir o clima pesado que se instaura.

- Eu pensei que já tivesse fugido elfo, vim caminhando lentamente para dar a oportunidade a você de sobreviver, mas parece que além de fracos vocês também são burros, espero que não me decepcione pôs estou ansioso por um bom derramamento de sangue.

Rindo Thrall balança seu enorme machado com apenas uma das mãos, uma incrível demonstração de força, a partir daquele momento ele e a elfa colocariam suas diferenças a prova.

- Eu vou usar sua cabeça como um colar no meu pescoço.

     

Finalmente Ananke se encontrou com o gordo brutamontes que tinha lhe humilhado em praça pública. Observou que o mesmo parecia bem confiante, com um sorriso pela batalha iminente.

“Idiota, não sabe o que te espera... Seu sangue será meu e você me servirá na eternidade como um de meus muitos minions!”

A magia começou a fluir por suas mãos enquanto a elfa começava a canalizar seu poder. De sua boca duas bolas de água sairam e começaram a levitar no ar. Diferente de água normal, aquelas bolas eram negras, como uma água apodrecida.

Sem falar nenhuma palavra a necromante atirou ambas as bolas na direção de seu oponente, aproveitando que o mesmo balançava seus machados de maneira displicente, queria pegá-lo de surpresa.

“Essa será também uma oportunidade para eu treinar minha velocidade. Preciso pensar em como eu vou agir para melhorar meus reflexos. Como elfa eu sou muito rapida, mas não vou deixar que um brutamontes desse tamanho tenha vantagem alguma contra mim!”

Pensando no que queria treinar, Ananke começou a se mover em velocidade lateralmente, de maneira a dificultar a mira do bugbear.

   

Mesmo diante do machado do Bugbear a Elfa continuava a demostrar sua insolência e de sua boca saia cada vez mais insultos a Thrall e em uma tentativa de pegar o Bárbaro desprevenido ele atira nele duas esferas magicas, por puro reflexo Thrall usa seu machado para bloquear a primeira espera e joga seu corpo para o lado para sair da direção da segunda que passa muito e perto do seu ombro esquerdo.

- Sua criatura insolente, sua magia não será o suficiente para escapar.

O gigante estava disposto a tirar o sorriso do rosto da Elfa e ergue seu machado acima da cabeça com as duas mãos e faz um movimento diagonal indo contra o chão para tentar partir a elfa ao meio, quando o machado atinge o chão o poder do ataque é tamanho que um poderoso estrondo pôde ser ouvido por toda a arena, uma nuvem de poeira cresce em volta dos dois e as pessoas que assistiam a luta prendem a respiração para ver qual foi o resultado do ataque.

Quando a poeira se dissipa Thrall percebe que não atingiu nada a não ser o vento, a Elfa era realmente bastante habilidosa, não seria fácil para o Bárbaro Bugbear atingi-la, mas ele esperaria apenas um movimento errado por parte dela e esse seria o fim dela.

     

Após ter suas magias esquivadas, Ananke percebeu que o inimigo em sua frente tinha um nível de habilidade surpreendente. Não seria uma luta fácil, e a jovem teria que cuidar, pois sua vida poderia até mesmo estar em risco.

“Ele parecia desengonçado, posso ter usado uma das minhas manipulações elementais mais fracas, mas a facilidade com que ele se esquivou mostra que tem um grande potencial ofensivo.”

Era a vez de seu inimigo atacar, então a bruxa se preparou. Estava pensando que usaria o momento para treinar sua velocidade, mas parecia que teria que levar a situação a sério e realmente usar seu atributo ao máximo.

“Se eu for pega em um desses ataques duvido que sobre muito de mim... Se a velocidade desse monstro é alta, a força bruta deve ser ainda maior!”

Após desviar dos golpes, a lutadora saltaria para trás, tomando um pouco de distância, mas ainda permanecendo na distância de ataque corporal. Realizaria um movimento com sua boca, deixando a água negra escorrer pela arena. Levantaria o suficiente para que formasse uma espécie de bastão em sua mão. Mesmo sendo feito de água, sua manipulação era o suficiente para fazer com que a força do impacto desse elemento fosse destruidor. Atacando pela lateral, tentou cortar entre as costelas do brutamontes. Isso se conseguisse ver onde elas ficavam no meio daquela banha.

   

Thrall grita com todo o pulmão para intimidar a Elfa, o grito do Bugbear ecoa por toda arena e faz os espectadores da luta tremerem de medo e recuarem pouco de suas posições, mas a Elfa não parecia abalada, se estava não demostrava medo diante do gigante globinoide, ela novamente realiza alma espécie de magia que se espalha pelo chão da arena.

- Sua feitiçaria podre não irá servir de nada Elfo.

De repente ela faz algo surgir da água e ataca mirando suas costelas, com o balançar do seu machado o Bugbear bloqueia mais uma vez a ameaça que passou muito perto de atingi-lo, a Elfa estava chegando perigosamente perto, Thrall percebeu que ela não era como os outros aventureiros que encontrou pelo caminho, tinha uma razão para ela ser a criatura arrogante que era, mas isso não muda sua determinação, só faz com que sinta ainda mais vontade de derrota-la, fazer um ser poderoso como ela ir ao chão traria ainda mais gloria para ele.

Novamente ele avança contra a Elfa com seu machado, dessa vez usa apenas uma das mãos para tentar acertar a mulher orelhuda com um golpe na diagonal, mas dessa vez iria além, com seu punho esquerdo tenta da um poderoso soco mirando o tronco da Elfa.

     

A dança entre Ananke e o bugbear estava bonita de ser assistida. Os movimentos surgiam de maneira maestral, ambos com uma velocidade impressionante e ao mesmo tempo eram bloqueados ou esquivados pelo oponente. O nível da batalha estava realmente parelho. O primeiro que realizasse um movimento em falso seria acertado e, com certeza, perderia.

Thrall era esperto, tinha tentado intimidar Ananke. No entanto a mulher era perita em se defender com suas defesas psicológicas. O grandão, no entanto, era muito intimidador e, mesmo que a bruxa não quisesse admitir, acabou hesitando e perdendo um bom tempo.

Após o último golpe, em que o Bugbear conseguiu bloquear o bastão de água que se dirigia até sua costela, Ananke se viu em uma situação complexa, em que seu inimigo fez um movimento para lhe atacar de maneira dupla.

“Droga, se eu desviar do machado, o soco irá me atingir... Mas se eu desviar do soco, então tomarei o machado em minha cara! Só tem uma coisa que eu posso fazer.”

Controlando a água negra, Ananke moldou-a de maneira a criar uma parede de água. Desviou do golpe do machado com um rolamento no chão, enquanto com a barreira de água impediria que o soco lhe atingisse.

Aproveitando que a água já estava próxima do punho de Thrall, a bruxa faria a mesma começar a girar como um redemoinho, se afastando da distância corpo a corpo enquanto mandava o redemoinho aquático na direção do grandalhão.

Novamente Thrall não consegue acertar a Elfa que se movimentava de forma bastante hábil, aquilo já estava irritando o Bugbear, a cada golpe que erra a veia da sua testa salta um pouco, era realmente frustrante, mas pelo que percebeu não era apenas ele que estava tendo dificuldades e a Elfa querendo ou não teve que reconhecer as habilidades do Bugbear.

A feiticeira então tenta se utilizar da proximidade para novamente tentar pegar Thrall desprevenido, usa sua feitiçaria para fazer uma espécie de redemoinho de água que avança contra o Bugbear, Thrall para não ser atingido Salta para o lado, meio desengonçado na verdade, mas o suficiente para sair do raio de ação.

- Você mostrou-se ser uma verdadeira guerreira Elfa, é realmente uma pena ter que te matar, mas em reconhecimento a sua bravura não irei mais lhe devorar, você será sepultada como uma verdadeira guerreira.

O Bugbear começa a correr em direção a Elfa para pegar impulso e depois salta em direção a sua adversária, mas dessa vez faz algo diferente, ainda no ar ele arremessa o seu grande machado em direção ao chão para acertar a Elfa e depois quando cai pega novamente o machado e com apenas uma mão aplica outro golpe giratório.

     

Enquanto o redemoinho seguia em direção a seu inimigo, Ananke sorria. Com certeza tinha pego ele de surpresa. Por outro lado, seu sorriso se transformou em decepção ao ver que o homem, mesmo que de maneira desengonçada, se esquivou facilmente do golpe.

“Droga, nenhum dos golpes que eu realizo acerta seu alvo... Mas ao mesmo tempo estou vendo que esse treino todo está me deixando com muito mais energia. Também vejo que minha inteligência de batalha parece estar melhorando! Aos poucos tenho certeza que vou me tornar mais forte, é só uma questão de treino. Quem diria que essa luta com esse bárbaro seria tão proveitosa?”

Dizendo isso a bruxa utilizou sua velocidade máxima para se atirar para o lado. Era mais ágil que seu inimigo, já tinha comprovado isso, portanto, mesmo com ele tendo um corpo bem grande, a sacerdotisa era muito mais rápida. Quando ele caiu no chão, apenas criou um cratera no chão vazio da arena. Ananke já estava em suas costas.

E foi nessa posição que tentou, novamente, atacar o bugbear. Dessa vez com sua manipulação mirando a nuca do grandalhão. Alguns ruídos puderam ser ouvidos lateralmente, e Ananke percebeu que eram pessoas olhando a luta.

Pior do que isso, eram Halflings. A bruxa não conseguiu ouvir direito o que eles falavam, mas estavam gargalhando e isso a irritou profundamente.

   

Novamente o ataque de Thral erra o alvo, o impacto do gigante contra o chão cria uma cratera e faz parte da arena tremer mesmo que um pouco com o poder de impacto do Bugbear, a Elfa que por sua vez havia esquivado do golpe tenta atacar Thrall por trás mas o mesmo com um simples movimento de sua cabeça faz a feiticeira errar o ataque.

O gigante Bugbear fica encarando a Elfa e abre um largo sorriso, para ele aquela criatura de orelhas pontudas provou o seu valor, mostrou-se ser uma verdadeira guerreira, ele não esperava encontrar tal adversária entre criaturas tão insignificantes como aquelas, além disso ele notava algo a mais nela, uma ferocidade que não viu em mais ninguém desde que chegou a Martis.

- Você se mostrou digna Elfa, por isso pouparei sua vida e esquecerei dos seus insultos, além disso posso imaginar usar uma criatura insignificante como você de outras maneiras, uma feiticeira sempre é útil para alguma coisa, e além disso lhe direi meu nome, Thrall.

Enquanto fala com a Elfa, Thrall começa a escutar um certo murmurinho as suas costas, ele se vira lentamente até notara presença das criaturas que o gigante mais odiava, Hallfings, seres ainda mais insignificantes que o normal, mas a carne é deliciosa, não consegue se lembrar da ultima vez que provou da carne e sangue de um Hallfing.

     

Novamente o golpe de Ananke errava seu alvo. O bugbear tinha movido sua cabeça para o lado de maneira a fazer com que a mesma até perdesse um pouco do equilíbrio ao movimentar o bastão de água no vazio.

“Droga, agora será o momento em que serei acertada...”

Contrariando os pensamentos da sacerdotisa, o monstro reconhece a força da mesma e até mesmo se apresenta. Ele sugere uma aliança, para usar a elfa para seus propósitos. Isso não era de todo ruim e por um lado, a mulher tinha até mesmo passado a respeitar o grandalhão. Tinha evoluído muito batalhando contra ele, e se sentia mais capaz de enfrentar seus oponentes, agora.

Finalmente a elfa conseguia entender o que os Halflings estavam falando. Parecia que estavam rindo da batalha entre Thrall e Ananke. Uma onda de raiva e ódio por aquela raça miserável tomou conta do coração da bruxa. Ela olhou para seu oponente e começou a levitar uma bola de água negra em suas mãos concentrando sua energia.

Com isso a elfa soltou uma das bolas no peito do primeiro Halfling mais próximo. A bola atravessou o corpo do mesmo deixando um buraco aberto. Ele caiu ao chão, seu olhar se apagando. O grupo mudou a expressão risonha para uma de raiva e veio para cima.

   

A Elfa compartilhava do mesmo ódio pelas criaturas que Thrall, olha só, eles já têm até algo em comum, em meio as risadas um deles tem o peito aberto por uma das feitiçarias da maga, Thrall vê aquilo e fica impressionado, então esse seria o dano que receberia caso fosse atingido por aquilo?

O grupo avançou com a Elfa mais no caminho deles surgiu o gigante Bugbear, a sombra de Thrall cobre os pequeninos que ao olhar para cima só podiam ver os grandes e opressores olhos avermelhados do gigante e o seu sorriso sinistro que mostra cada um dos seus pontiagudos dentes.

Eram sete Hallfings no total já que um havia caído, um número grande, o gigante Bugbear grita a plenos pulmões, urrando com toda força, um grito ensurdecedor que causa medo no coração dos pequeninos que não ousam atacar o gigante, aproveitando-se da brecha Thrall balança seu machado em um golpe lateral atingindo o primeiro Hallfing a sua frente.

O golpe é devastador e corta a pequena e significante criatura ao meio, sangue e tripas voam para todos os lados inclusive em seus companheiros que ficam horrorizados com tamanho ato de brutalidade, a metade de cima do Hallfing voa vários metros para o lado esquerdo do Bugbear.

     

Ananke percebe que o outrora seu inimigo agora tinha se aliado a ela para uma chacina desenfrada daqueles malditos Halflings. Ela realmente gostava da atitude do gigante, principalmente por ele ter um ódio tão grande por aquela raça desgraçada.

Os Halflings, representados por Durza – o espectro – tinham sido os responsáveis por eliminar toda a vila de Ananke, algo que ela nunca perdoaria e hoje descontava como se a raça inteira fosse a responsável pelo massacre.

“Assim como o grandão falou, pode ser que possamos formar uma aliança. Pode ser o começo da Horda, dois desajustados da sociedade, ambos com ódio por Halflings... Não seria nada mal, já que ele é bem poderoso.”

Vendo que um dos inimigos tinha sido destruído por seu companheiro, Ananke movimentou a bola de água para baixo do corpo de um deles, pegando-o desprevenido. Com sua manipulação elemental a bruxa criou uma espécie de estaca de água, empalando o pequeno Halfling por entre as pernas e atravessando seu corpo, deixando-o fincado no solo com a estaca de água.

Ainda restavam cinco Halflings. Eles não pareciam bons guerreiros, mas a quantidade poderia ser um problema. Ananke viu que um deles tentaria atacar Thrall pela lateral e moveu sua bola de água para criar uma berreira e desviar a lâmina da adaga do mesmo.

   

As pequenos cercam os dois, depois que a Elfa acaba com mais um deles sobram cinco, ainda um numero que não favorece a dupla, apesar de pequenos alguns Hallfins eram guerreiros habilidosos, mas parecia que esse não era bem o caso, mesmo diante de uma luta de vida ou morte Thrall não conseguia tirar o sorriso do rosto, olhava aqueles pequenos como criaturas inferiores.

Um deles tenta atacar o gigante com um golpe de adaga, mas a Elfa percebe e usa sua feitiçaria para desviar o golpe que vinha contra o gigante, mas isso faz com que ela não perceba que um deles tenta acerta-la com uma flecha, o gigante por instinto movimenta o braço direito que carregava seu machado e boqueia o projétil que crava no seu membro.

O sorriso no rosto no Bugbear rapidamente desaparece e dá lugar a uma expressão de ódio, o Hallfing com o arco e flecha abre um pequeno sorriso pois conseguiu ferir o gigante e parecia que ele tinha ferido o braço de Thrall a ponto de debilita-lo, ou pelo menos atrapalhar o uso de sua arma, mas rapidamente Thrall troca sua arma de mãos, segura o machado com seu braço esquerdo surpreendendo o Hallfing Arqueiro e com um golpe na vertical esmaga a pequena criatura como se fosse um inseto.

     

Assim como Ananke protegia a retaguarda de Thrall, o gigante fazia o mesmo com ela. Em movimentos sincronizados ambos iam eliminando os Halflings. Uma flecha acertava Thrall enquanto o mesmo tentava proteger um golpe mortal que mataria Ananke, e isso não passava despercebido pela elfa.

“Incrível, momentos antes estávamos tentando nos matar, agora lutamos de maneira sincronizada, até mesmo nos ferindo para proteger uns aos outros. Thrall parece uma pessoa confiável, devo mesmo criar minha guilda com ele!”

A confusão da batalha era muito grande. Ananke realmente estava focada e matava muitos dos “insetos”, mas quando ia matar mais um dos inimigos, uma ondulação no ar lhe chamou a atenção. Por puro instinto ela pulou para o lado, apenas rápido o suficiente para conseguir evitar um golpe mortal. Seu braço, no entanto, foi ferido pelo golpe, sangrando bastante.

Era um Halfling com uma habilidade furtiva de ladino, se camuflando no ambiente e quase invisível.

Ananke moldou sua água para acertá-lo, mas ele desapareceu no ar. Um dos Halflings magos parecia estar fazendo um cântico. A maga sabia o que era aquilo, era uma habilidade de Mago, alguma coisa seria evocada, provavelmente algo perigoso.

Thrall é avisado sobre Hallfing invisível, ele tenta notar a movimentação do pequenino em meio a areia da arena, mas estada tudo um caos, ele não conseguia se concentrar em ouvir o pequeno ladrãozinho, enquanto isso um mago parecia conjurar outra feitiçaria para atacar a dupla.

Sem pensar duas vezes o gigante atira seu enorme machado em direção a criaturinha magica, pode-se ver o olhar de espanto e surpresa do mago Hallfing que certamente não esperava por aquele movimento, o golpe o acerta em cheio bem no meio do seu peito, o impacto é tão forte que faz o machado voar com o Hallfing preso nele vários metros à frente e deixando Thrall sem sua arma.

- Chega de feitiçaria por hoje. – Ironiza o Bugbear depois de matar o Hallfing.

Em meio ao caos e sangue uma adaga voa na direção do rosto de Thrall que movimenta a cabeça para o lado, certamente foi a criaturinha ladra mais uma vez, atirou sua arma assim como fez o Bugbear para evitar chegar mais perto, um movimento inteligente, chegar perto do gigante mesmo estando camuflado era algo arriscado já que por conta da força que tinha um simples golpe a esmo um derrubaria.

     

Thrall também percebia que um dos inimigos conjurava uma magia devastadora e lançava sua arma no peito do mesmo. Ananke sorria, lutar em dupla era realmente algo novo para ela, mas estava gostando. Ambos podiam focar nas fraquezas um do outro.

Foi isso que a elfa fez quando viu que o Halfling invisível atirou a adaga contra seu companheiro. Era tudo que ela precisava para entender onde ele estava e contra-atacar.

“Te peguei, maldito. Agora você não vai ficar oculto novamente. Vai morrer e seu sangue vai molhar esse solo!”

Por baixo do que parecia uma porção de “nada”, Ananke fez surgir uma grande estaca com a água negra presente no ambiente. Ela atravessou o ar e ao fazer isso a realidade próxima da estaca começou a tremer, revelando o corpo sem vida de um Halfling Ladino.

Não era o bastante, no entanto. Um dos últimos Halflings estava todo vestido de negro e tinha ficado calado até o momento. Ele ergueu suas mãos e do solo todos os inimigos caídos se levantaram como esqueletos, já partindo para o ataque. Um deles fincou sua espada na coxa da elfa, fazendo-a cair ao solo.

   

A Elfa finalmente pega o ladino, pouco a pouco as pequenas e insignificantes criaturas vão caindo e o sorriso no rosto do Bugbear vai voltando aos poucos, mas um deles ainda era teimoso e não desistia da luta, nem mesmo a visão de ter seus companheiros sendo terrivelmente massacrados o faz recuar, talvez estivesse sendo movido pelo ódio assim como o Bugbear e a Elfa, não importa! Pagaria o mesmo preço que os demais.

Thrall vê Ananke caindo por que um esqueleto conjurado acertou sua perna, o morto-vivo estava prestes a ferir a Elfa mortalmente quando atrás dele surge o gigante, com movimento lateral com seu braço esquerdo atinge a criatura com as costas das suas mãos fazendo ela se despedaçar em dezenas de ossos.

Thrall olha par ao conjurador sorrindo, - Eu disse sem magia. – Era possível sentir toda a aura assassina do gigante, lentamente ele vai caminhando em direção ao Hallfing, o mesmo fica parado amedrontado enquanto vê aquela enorme sombra crescer em sua direção e sentindo a morte cada vez mais perto, Thrall chega a limpar a saliva que escorria pelo canto de sua boca com o braço, algo que acontece o tempo todo por conta de suas presas, mas fez parecer que ele já estava se deliciando com a presa à sua frente.

     

Thrall matava o esqueleto que ameaçava a vida da elfa. Era a segunda vez que ele a protegia naquele combate. Ele não percebia, mas outros esqueletos estavam no campo de batalha, o cercando. Isso não importava, Ananke estava ciente. Enquanto o grandão focava no líder necromante, a bruxa soltava cada vez maiores quantidades de água por sua boca, cobrindo todo o chão da arena. Com certeza ficaria exausta após esse golpe, mas seria algo necessário.

“Thrall está deixando o necromante paralisado com sua intimidação. Isso fará com que o controle do mesmo sobre seus minions não seja tão adequado. É minha chance de limpar o campo de batalha e finalizar essa luta.”

A elfa fez com que estacas de água se elevassem do campo de batalha já todo preparado com água por todos os lados. Os esqueletos foram empalados, mas a quantidade de mana gasta pela elfa excedeu em muito o que ela pretendia. Estava exausta e precisaria se recuperar antes de usar mais alguma magia.

“Merda... Espero que Thrall acabe com o necromante antes dele reinvocar algum inimigo, ou estaremos ambos perdidos.”

O ferimento de Ananke estava doendo, mas ela não tinha mana para se curar. Teria que ir até a enfermaria da cidade, mesmo que isso pudesse esperar.

   

O Bugbear se aproxima do mago e o agarra com apenas uma das mãos o imobilizando totalmente, era como se segurasse uma criança humana, ele vai aos poucos aproximando a pequena criatura do seu rosto e ela começa a gritar e chorar desesperadamente, haviam outras pessoas na arena que estavam testemunhando tudo horrorizadas com os atos da Elfa e do Bugbear mas nada faziam apenas gritavam e cobriam seus olhos, e quando percebem o que o Bugbear está prestes a fazer com o Hallfing alguns gritam e viram seus rostos para não ver.

Thrall abre a boca e coloca a cabeça e parte do tronco do Hallfing para dentro, em seguida seus dentes descem parecendo uma guilhotina e ele arranca a cabeça e parte de cima do corpo do necromante fazendo sangue escorrer pelo seu queixo e peito, passando pelas suas pernas e fazendo uma pequena poça no chão enquanto mastigava o corpo do Hallfing.

Ananke a esse tempo já havia cuidados dos outros esqueletos e só assistia enquanto o Bugbear saboreava sua refeição, depois que termina Thrall vai até a Elfa que parecia bastante debilitada por conta dos ferimentos e cansaço, a luta entre os dois e depois contra os Hallfings certamente desgastou ela bastante, sendo assim o Bárbaro pega sua poção de mana que carregava e joga para ela para que possa beber e depois a ajuda a levantar.

- A nossa vitória Elfa. -

     

Após finalizar os esqueletos, a Arena ficava lotada de ossos espalhados pelo chão. Thrall finalizava a batalha, eliminando o último dos Halflings, enquanto atirava uma poção de mana para a elfa.

“Nossa, será muito útil no futuro. Com certeza utilizarei mais para frente. Igual terei que passar no hospital por agora.”

A elfa pegava uma poção de vida e entregava para seu companheiro, imaginava que seria mais útil para ele que era linha de frente em um combate.

A elfa tentou concentrar sua mana em seus ferimento para se curar com a habilidade Deslesionar. Curou seus ferimentos superficiais, mas ainda se sentia cansada. Tinha gasto quase toda sua mana.

E foi com esse pensamento que a jovem deixou a arena. Não tinha mais para onde ir a não ser para o hospital. Estava cansada e precisava recuperar suas energias.

“Para a próxima batalha, no entanto, me sinto muito mais forte! Veremos o que o destino me reserva!”