[Treinamento] A não

HP: ❲270 ✘ 300❳ CH: ❲300 ✘ 300❳ EG: ❲00 ✘ 03❳

Durin se retirava do treino com seus mais novos colegas, ele sequer respondia a proposta do elfo. ”Que o universo nos junte novamente e se assim for eu aceitarei a proposta do elfo perigoso”, pensaria andando sem rumo pelos campos daquele grande espaço de treinamento. Seguiria para dentro de um bosque que se encontrava no centro daquela grande área, coçava sua cabeça tentando repassar em sua cabeça como conseguiu soltar aquelas chamas azuis. Virava as palmas da suas mãos para que conseguisse ver, realmente ele não tinha nenhuma ideia do que poderia ser aquilo.

— Quer saber, não vou me importar com isso. Não era que aquele cara do bar estava certo, conheci algo novo sobre mim graças ao treino.

Com algumas pedrinhas ainda em mãos ele decidiu treinar mais um pouco, mas ainda não sabia o que treinar necessariamente. Uma vez já dentro daquele bosque onde as árvores velhas e robustas eram tão altas que até mesmo pareciam se curvar. Mesmo se perdendo durante aquela visão Durin percebia que alguns ramos e galhos estavam diferentes do normal, eram cinzas ou até mesmo um verde amarelado que lembrava muito pus. Se manteria olhando aquilo por um momento até que uma voz surgia pelos seus arredores.

— Me ajude jovem anão, eu preciso de sua ajuda. Essa floresta adoece a cada minuto, para curá-la precisaremos machucá-la um pouco — dizia a fada com um certo pesar em sua voz — eu fiz um juramento de jamais machucar vida, seja ela em qualquer forma que seja. Preciso que você retire todos os ramos doentes .

O anão ainda não entendendo direito, apenas confiaria na fada floral. Levantaria sua mão movendo em máxima velocidade lançando aquela pequena pedrinha em direção ao galho, a madeira estava tão podre que a pedra passava e cortava como se fosse manteiga. ”Esse galho está tão podre assim, acho que isso vai ser mais fácil do que imaginava”, partiria em disparada seguindo as trilhas do bosque. Sua pontaria já era afiada mas sua percepção ainda teria que ser lapidada, ele precisaria tomar um certo tempo para ver e achar os galhos podres.

Seu foco estava em seu ápice, seus olhos brilhavam em azul novamente, lançava pedra para todos os cantos. Os sons de galhos caindo no chão eram bem anticlimático, pois eles se desfazem em um líquido com a queda. Lançamento após lançamento eram feitos, seu braço começava a cansar, sua respiração já contava com a ajuda de sua boca que se encontrava um pouco aberta.

Pararia de correr e começava a pensar, ”essa forma que estou fazendo não vale a pena, preciso pensar um pouco”. Olharia para seus arredores e perguntaria a fada:

— Deixa eu te perguntar, você sabe de algum lugar aqui do bosque que seja alto, como um pequeno monte ou uma grande pedra?

A fada não falava nada, com sua cabeça fazia um sinal de segui-la. Durin caminhava junto com a fada, até um grande pico onde em seu ápice ficava bem acima metros das árvores, daquele ponto ele conseguia ver tudo e jogando suas pedrinhas em arco ele conseguiria atingir todos os galhos podres.

— Nossa, isso está pior do que imaginava, tem como você trazer mais pedrinhas, elas estão acabando.

Era uma estratégia nova, era a primeira vez que o anão pensava antes de tomar uma ação, era algo definitivamente inovador para ele. Jogava pedrinha após pedrinhas, sua visão via perfeitamente e já estando mais acostumado a identificar os ramos podres das árvores tudo ficava mais fácil, mas como ele fazia tudo sozinho isso talvez demore bastante.

Seu braço já pulsava de cansaço, todas as árvores estavam limpas e aquela doença já não as infligiu. Sentava ali mesmo respirando e vendo aquele belo pôr do sol que pintava os céus em tons alaranjados. O farfalhar do bosque até mesmo soltava sons que confortam o coração de Durin que já tinha se esquecido do seu poder de sugar mana.

A fada surgia voando em direção ao anão com um sorriso na face:

— Muito obrigado jovem anão, não sei como te recompensar por isso.

— Eu já tenho minha recompensa, eu descobri que posso ajudar os outros.

Respondia com um sorriso bobo que se escondia no meio daquela grande barba ruiva. Se levantaria, descendo do pico rumando sentindo a central da cidade, ele até mesmo tinha entendido qual arma deveria comprar para se proteger. Um palpitar em seu coração fazia seu corpo sentir uma dor aguda, o anão cai de joelho no chão.

— Talvez seja melhor passar no hospital.

O sentido de sua caminha mudava, ele seguia pelas ruas da cidade até se deparar com o grande hospital da cidade de Martis, ”será que devo mesmo ir no hospital”.

Considerações escreveu:> -10% de vida pelas travessuras
> treinamento para inteligência e percepção

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