dracôniaFórum RPG de Fantasia
Dracônia, H790O mundo pareceu não ter se curado da guerra entre os anões e as tribos bestiais. Formalmente o tratado de paz assinado pelos embaixadores dos quatro continentes garantira a paz entre as raças que caminhavam pelo mundo de Dracônia, mas o clima que impregnara-se no ar após a carnificina era de desconfiança e cautela. A cidade de Martis era um símbolo da paz conquistada; reunia os aventureiros de todas as partes do mundo, sem preocupar-se com religião, raça ou rivalidade clânica. Todos os dias novos aspirantes a herói e heroína partiam da cidade, carregando sonhos e objetivos únicos, mas os maus presságios pareciam só aumentar conforme o tempo passava. Tempestades infindáveis vindas do leste. Vulcões em erupção a oeste. Povoados inteiros desaparecendo ao sul. Algo maligno parecia avizinhar-se de Martis, como um predador que encurrala sua presa.
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[Pensionato] º~Iorin~º - Seg Nov 11, 2019 7:37 am

Passou uma ou outra vez na frente do local, não acreditando que aquilo era o que realmente era. O local não tinha a melhor das aparências, mas graças a algumas conversas ouvidas pelas ruas, sabia que ali não cobrava de seus aventureiros. Não havia começado em si uma aventura, mas já havia viajado bastante e pretendia seguir assim, talvez agora transformar isso em uma profissão e começar a ganhar dinheiro por si, mas no momento, aquilo teria que dar. Colocou a mão sobre o peito e respirou fundo. O quão ruim poderia ser? Ter que dividir um quarto com outras pessoas? Isso nunca antes fora um grande problema (apesar de sim, ser um). Seria temporário, ou ao menos assim esperava...

Adentrou por sua porta e descobriu um pequeno hall, não exatamente decorado, parecia esquecido, uma relíquia de eras melhores onde talvez sua história contasse de alguém filantropo o suficiente e de grande amor à profissão (um aposentado endinheirado, talvez, querendo facilitar para a próxima geração). A estrutura poderia muito bem ser limpa e decorada que já daria um novo ar, nem precisaria mudar sua estrutura. O chão parecia bem pisado por tudo e todos, tendo visto uma vassoura ou verniz apenas uma vez na vida, sendo que alguns pedaços de sua madeira faltavam e era visível o solo terroso mesmo. Haviam nas laterais, escadarias e corredores, não podia negar que o local era grande para poder habitar várias pessoas, mas ainda assim, era desgasto e feio.

Aproximou-se do balcão e ali encontrou um homem comendo uma sopa fria, não poderia saber se de fato era, mas ele estava tão interessado em seu jornal que tomava goles muito de vez em quando, deixando-a a mercê de moscas e a temperatura ambiente. Fez uma careta onde esperou que ele não tivesse notado, mas da maneira em que ergueu os olhos e a encarou com igual expressão de nojo, nem precisou abrir a boca, pois ele colocava a mão por baixo da mesa e puxava uma gaveta, onde ali, haviam muitas chaves com números encravados no metal. Era um pouco desconcertante que teria um local aleatório para ficar, pois se lhe houvesse a chance de escolher, na cobertura ficaria.

Pegou a chave. "-15". Ergueu um dedo para formular as palavras de onde eram aquilo, mas prontamente o eficiente senhor lhe apontava um dedo para cima, mas logo o descia e apontava para um corredor lateral logo em seguida. Compreendeu que era ali, do primeiro andar mesmo, o que lhe facilitava um pouco a vida por só ter de abrir a porta e sair para suas aventuras em si.

Curvou-se em um pequeno agradecimento, mas o homem já tomava mais um gole de sua esquecida sopa e voltava a ignorá-la, tentando manter sua paz durante a refeição. Qualquer pergunta que tivesse, teria que descobrir por si. Então adiantou-se a ir nas direções mostradas.

Caminhou pela lateral e quase que fez uma volta completa, não achando seu quarto, mas sim o 15, este que estava usado e trancado. Não compreendia o que significava o "-15". Talvez um porão? Mas não havia visto nenhuma extensão da escadaria que descesse. Andou por mais um pouco e retornou em direção do balcão, mas não fora até ele e sim, até as escadas mesmo, estudando-as se havia uma passagem secreta.

Não era bem algo "secreto", mas era como um porão de celeiro atrás da escada e que batiam certeiros em seu limite contra um degrau (e que instintivamente a fez abaixar a cabeça), onde haviam portas no chão que, apesar de pesadas, não estavam trancadas. Puxou-as com um estridente som e um pouco de força, parecendo que abria algo esquecido por tudo e por todos. Olhou para baixo e aquilo ali era um conceito novo de viver, se é que dava para se chamar assim... Sem luz solar e talvez com economia nas lâmpadas, teve que descer as paredes em falso até que em seu fim, haviam pequenas janelas próximas ao teto que davam pra rua. Essas eram bem sujas, pois como era esperado, ficavam no chão da rua e já tinham passado por chuvas demais para terem uma aparência incolor ou que permitissem que um pouco da luz da rua entrasse. O cheiro de mofo era forte e preocupou-se um pouco com sua saúde quanto a inspirar aquilo, colocando uma mão sobre o rosto.

Aquilo em si já era uma pequena aventura, pois tinha que sair o mais rápido possível daquele corredor. Seus olhos já começavam a coçar, mas não queria fazê-lo por ter tocado nas paredes sujas e no metal enferrujado. Em passos largos passava número por número. -1, -2, -3... O -15 era o do fundo do corredor e que para a sorte de outros viajantes, apenas quinze pessoas morariam ali.

Abriu a porta e adentrou com certo desespero. Fechou e trancou na mesma hora, abrindo a boca para recuperar o fôlego, mas não sentindo-o mais agradável. Olhou ao redor e viu que o ambiente onde estaria era até que bem completo, só faltava o toque de limpeza e reconstrução. O solo era de madeira velha e parecia que havia algo a mais por baixo, mas se preparou para averiguar isso depois, pois esperava que fossem as estruturas da casa expostas abaixo de si e se realmente o era, já tinha calafrios em quantos insetos teriam próximos de si, pois qualquer farelo iria rolar para ali e ser esquecido, atraindo tais criaturas para se juntar naquele terreno onde até era incrível não ter a presença de ratos correndo pelas paredes e teto.

Jogando suas coisas sobre a cama, uma nuvem de poeira subiu, então retirou as coisas e retirou o lençol, enrolando-o como uma toalha molhada e batendo-o contra a parede e ouvindo um pequeno estalo, gelando seu coração. Era o chão advertendo por movimentos bruscos? A parede do subsolo se mostrando frágil e que tudo desmoronaria? Não quis pagar para ver, então apenas dobrou num antebraço e bateu com a palma sobre o próprio corpo, espirrando algumas vezes.

A pouca luz lhe incomodava e achou procurou pela mesa alguma coisa queimável, mas que por sorte, haviam velas ali e teria que deixá-las ligadas quase que todo momento que estivesse no recinto. Essas velas eram já usadas, meio derretidas, mas dariam por umas três noites, tempo este, em que esperava já ter alguma aventura, pois aparentemente, o ar livre era muito mais agradável e só não o fazia pois tinha medo de que chovesse e que fosse assaltada com o pouco que tinha. Aquilo era um teto e um começo, tinha de ser grata por tal.

Com alguma iluminação, se pôs a faxinar o local da melhor maneira que podia, não conseguindo limpar os vidros pois sua palma não conseguia chegar ao outro lado (o da rua) pois as dobradiças estavam enferrujadas e só conseguiu passar os dedos com um paninho, retirando uma pequena casca de lama e só, algo que qualquer transeunte sujaria logo em seguida. Teria que sair da hospedaria e limpar por fora e naquele momento não teria paciência para tal, então se limitou a usar o espaço que tinha, que era a cama e o chão.

Jogou as coisas numa cadeira na mesinha da "sala" e deitou-se na cama, sentindo o cheiro de velho e guardado, talvez arejando o local, este tivesse um odor melhor... Mas não tinha como abrir a porta ou as janelas. Sentou e pensou, usaria de seus poderes. Tinha um certo conhecimento do fogo, mas não era uma expert, no máximo, não se queimava, então usou das velas como condutores e tentou "queimar" o local, trazendo um forte odor de fumaça, mas que com o tempo, esperava, trouxesse ares novos. Abriu o máximo que dava das janelas, já esperando paredes sujas quando retornasse e saiu para Martis em busca de uma aventura.

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