[Combate] Mortos-vivos.

Lucilfer

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[Combate] Mortos-vivos. - Seg Nov 11, 2019 7:00 pm

O som de galhos sendo quebrados aumentou gradativamente, demonstrando que algo se aproximava a passos fortes. O que podia viver naquela floresta? Algum animal selvagem? Não, não podia ser, a frequência dos ruídos estava muito devagar para ser um alguma besta. Então, o quê? Aguardei, com pés fixos, joelhos retesados, mão sobre bainha, e olhos atentos, que iam de direção a direção esperando por ataques daqui e dali. Ou, até, um ou mais inimigos.

A noite era mais do que noite ali, um breu completo, escuridão perpétua, e a única luz presente era uma lembrança vaga de claridade que deveria se propagar de alguma coisa lá fora. Ou de alguma coisa ali dentro. Amaldiçoava aquele lugar na minha mente. Embora, é claro, não tivesse coragem para fazê-lo em voz alta, afinal, quem poderia escutar, talvez, pudesse me amaldiçoar de volta.

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Yassen

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Seg Nov 11, 2019 7:36 pm

Shinmon Benimaru

[ HP: 400/400 | MP: 300/300 | EG: 00/04 ]

Não demorou muito para encontrar o caminho que outrora vivenciou uma pequena batalha contra filhos da escuridão e da floresta, se aproximando mais um pouco se revelava para Carcass com um grande sorriso de ponta a ponta, manifestando sua satisfação em ter conseguido encontra-lo novamente.

Parado em sua frente, apenas optou pelo silêncio uma vez que, já presenciou a personalidade do puro osso. Encarando-o pouco distante de sua posição.

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tutu o renegado

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Sex Nov 15, 2019 12:42 am

Crek. Crek. Crek. Os passos arrastados e eternamente pesarosos dos filhos do cinza se alardeavam floresta adentro. Alguns corvos e abutres, que esvoejavam para lá e para cá nas redondezas, anelavam aquelas silhuetas podres com olhos curiosos e gananciosos. Pousavam sobre um galho ou outro daquelas árvores secas que circunvalavam toda a região; pareciam estranhamente curiosos e ressabiados, como se pudessem sentir a energia vil que os olhos vazios daqueles mortos-vivos irradiavam. Um deles, de olhos particularmente vazios, outrora seria um hábil ferreiro de uma pequena cidadela ao lado do rio, e trabalhava o dia inteiro para alimentar sua esposa e sua filhinha. Ainda outra das almas atormentadas possuía cabelos longos e traços finos. Uma mulher. A sua pele e a sua carne haviam há muito se esvaído, mas os trapos de tecido em torno de seu corpo indicavam que era uma caçadora; um espírito aventureiro há muito perdido. Estes eram apenas dois, mas a grande matilha dos caçadores do vazio compunha outros. Dezenas de almas atormentadas cuja luz havia há muito se esgueirado para longe. Crek. Crek. Crek.

Não era comum para os mortos-vivos das planícies fantasmagóricas agirem como um bando. Eram isolacionistas e solitários. Mas, mesmo assim, o faziam. E o motivo para esta união improvável se esgueirava também pelas florestas mortas; a caminhada dos cazumbis se principiava a delinear um círculo em volta de uma área aberta do vale da morte. Pareciam cercar algo ou alguém.

No centro, os alvos dos olhares vazios dos fantasmas se tornavam visíveis: Tão atípicos entre si quanto os mortos-vivos, dois homens mantinham sua audiência cativa. Um vermelho e um cinza. Talvez o acinzentado pertencesse à floresta amaldiçoada? Pois parecia muito mais um nativo do que um forasteiro. Pouco era sabido sobre as planícies fantasmagóricas, contudo, e os verdadeiros motivos para uma conjugação de morte em um único lugar permaneceriam, por enquanto, desconhecidos. De fato, este não era um momento de devaneios. Talvez, aqueles que pertencessem ao mundo dos vivos devessem começar a se preocupar em continuar assim.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Sex Nov 15, 2019 8:01 am

Uma outra frequência de passos, mais rápida, determinada, iminente, atraiu minha atenção para o outro lado daquela floresta, e sua imposição feroz quase fiz com que meus instintos agissem mais rápidos do que gostaria. Quase: Por aquela única fração de segundo que permiti a moeda do destino girar ao meu favor, quem surgiu das árvores não fora uma aberração do mal, mas sim o pequeno jovem que havia partido na mesmo missão que a minha de ajudar os artistas e sua carroça. Agradeci o destino e sua moeda, por terem, aquela vez, girado ao meu favor.

— Criança! O que está fazendo aqui? — Minhas palavras não precisavam de respostas, afinal, o mal que tardou a chegar finalmente havia o feito. Cadáveres vivos apareciam de todos os lados, por entre as árvores, putrefeitos, não só um, vários, cercando a mim e o jovem recém chegado. Olhos vazios, músculos retorcidos, aparências grotescas: Era como me olhar no espelho. Embora, a única coisa que nos diferenciava fosse também o motivo para que lutasse: Ainda estava vivo e queria continuar assim.

— Não colocarei minha vida em risco pela sua, portanto, faça o mesmo. — Por mais cruéis que fossem aquelas palavras, era a mais pura verdade. E, para ser sincero, as palavras quase não soavam tão cruéis como esperado, mas, sim, honestas: Aquela era, também, uma verdade universal. Apesar de tudo, parte da minha consciência era suficientemente prudente para pontuar que, alguma ajuda, talvez, fosse necessária. — Podemos tentar sobreviver, ambos, é claro. Só quis deixar bem claro que um vivo é melhor do que dois mortos.

Dito isso, não esperei resposta, e não esperei a sorte, parti em direção ao inimigo mais próximo. A espada seria desembainhada no momento da investida, realizando um corte - ou o máximo que a madeira permitisse - em direção à cabeça do zumbi, de cima para baixo. Toda a agilidade e força seriam aplicadas, e vontade, e fúria. Não conhecia meu inimigo e nem ele a mim e, talvez, a surpresa fosse capaz de me conceder alguma vantagem. “Sempre comece com tudo”, uma lembrança vaga atormentou minha consciência, ressoando em forma de voz, um ensinamento, uma instrução, um comando a muito tempo ordenado em um treinamento ainda mais antigo. Eram lembranças etéreas, mas presentes, que quase sempre reprimia durante os dias jogados nos esgotos e becos imundos. Mas que, agora, em meio a um combate, deixaria com que fluíssem, e me guiassem àquela antiga e deturpada glória.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Sáb Nov 16, 2019 9:48 pm

Shinmon Benimaru

[ HP: 400/400 | MP: 300/300 | EG: 00/04 ]

O semblante se ascendeu após a repentina reação daquele velho todo acabado, preocupação ou instinto de sobrevivência, durante todo o tempo da missão aquele sujeito só buscava lhe ensinar decepções e pensamentos negativos da vida. A chegada de Shinmon era acompanhada por seres totalmente esquisitos, o cheiro combinava com a aparência, o primeiro era executado por Carcass com um golpe digno de um espadachim, o barulho ressoava cada vez mais perto, outros estavam por vir. Benimaru brandiu sua espada de madeira novamente e ficou ladeado com seu aliado improvisado para sair vivo dali, afinal, suas palavras realmente faziam sentido. Um suspiro foi o suficiente para concretizar sua ação, de conseguinte, a espada ia em direção ao morto-vivo mais próximo de minha posição que chegará, com um golpe transversal na região de sua cabeça aplicado com metade de minha força, a escuridão podia ser um fardo para ambos os lados, mas o que me difere deles seria a chama que vive dentro de meu coração me guiando para o caminho da vitória.
— HAHAHAHAHAHA! Eu voltei para te salvar, eu tive um péssimo pressentimento sobre este lugar, e meu objetivo é proteger todos ao meu alcance, você acabou de se tornar parte do meu conto de herói. Irei te mostrar as chamas da vida, guerreiro caído!— Inconveniente como de praxe, suas palavras buscavam atingir o homem de maneira subliminar, o tom era sempre para suprimir qualquer possível chance de hesitação, em situações de vida ou morte a coragem era mais necessária que o orgulho — esse era o estilo ''bushido'' do espadachim flamejante.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Seg Nov 18, 2019 11:32 am

Os guerreiros eram valorosos, e seu ímpeto ao tomar decisões era tão afiado quanto eles. Assim que se saudaram brevemente – e assim que foram saudados pelos anfitriões daquela floresta –, Carcass e Shinmon iniciaram suas ações. O primeiro membro da dupla, aquele que parecia pertencer ao mundo dos mortos tanto quanto ao mundo dos vivos, foi inteligente em seu ataque; talvez fosse um instinto, talvez uma familiaridade com aquelas criaturas, mas seu golpe foi muito bem feito. Um corte separaria o monstro, e, independente de como o fizesse, não seria capaz de findá-lo. Contudo, por demonstrar sua ímpar força num golpe concussivo ao invés de um corte, o primeiro dos mortos-vivos retornava para o mundo dos mortos, sem nenhuma palavra depois. Em uma planície verde e vibrante, veria sua esposa e sua filha correndo em sua direção sobrepostas por uma luz mística. Aquela alma recebeu paz.

Shinmon parecia ser muito mais disciplinado em combate. A posição de seus pés, que apoiavam sua cintura, que apoiava seus ombros, que apoiavam seus cotovelos e que coordenavam com maestria seus braços num corte diagonal evidenciava as centenas de vezes que este mesmo movimento provavelmente foi repetido pelo jovem aprendiz do fogo. Contudo, este ataque provavelmente foi feito para machucar um humano, e não alguém cuja alma foi trazida de volta dentre os mortos. Por isto, embora seu corte tenha sido feito com cirúrgica precisão e tenha encontrado seu alvo, sua situação foi agravada pela rápida regeneração daquele zumbi; estava muito próximo dele agora, e pensava apenas em saciar sua fome infindável.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Seg Nov 18, 2019 5:23 pm

Aquela cena foi grotesca, porém, não menos reconfortante: A cabeça do meu inimigo fora dizimada, e, junto a ela, toda sua energia vital se esvaiu. Não havia mais perigo ali. E, no fim, o que estava morto podia não morrer, mas podia sim ser destruído: Seu corpo putrefeito, descontrolado, e acabado, jazeu no chão, sem mais se mover, sem mais me atacar. Não conhecia aquele tipo de criatura, mas, de fato, havia acabado de descobrir sua essencial fraqueza.

Mas parecia que o jovem não. — Destrua a cabeça. Não corte, destrua! — Gritei-lhe. Ele ficaria bem? Não sabia dizer. Mas, naquele momento, não podia me preocupar com isso. Tinha mais inimigos a minha frente, muito mais, e, se não pudesse aproveitar aquela chance para acabar com o máximo deles, logo ficaríamos cercados. E, cercados, o combate ficaria muito mais difícil de se lidar: Menos espaço para esquiva significava mais espaço para golpes!

Avancei com toda minha agilidade para onde tinha mais inimigos. E mais árvores também. Dançaria por entre um e outra, destruído cabeças com o mesmo movimento que havia destruído o primeiro deles. “Sua velocidade permiti-lo-á atacar e sair rápido, enquanto seus reflexos serão suficientes para não encontrar impedimento entre os obstáculos. Por fim, não se segure, sua força deve ser capaz de destruir tudo em cada único ataque”, as palavras vinham à minha mente enquanto corria. A antiga destreza fluía junto com as lembranças. Maldita guerra. Amada guerra.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Qua Nov 20, 2019 6:24 pm

Shinmon Benimaru

[ HP: 400/400 | MP: 300/300 | EG: 02/04 ]

O golpe efetuado tinha o seu destino no alvo do jeito esperado, porém, o inesperado revelou uma habilidade que o espadachim não esperava encontrar a parte destruída se regenerava quase que instantaneamente, movimentos oblíquos não iriam fazer efeito naquele monstro. Com um sorriso de canto, Benimaru retraiu sua espada até o busto e levantou as duas mãos no cabo da espada, com um golpe de cima para baixo abusando de sua máxima velocidade e força, na cabeça do morto-vivo para afundar completamente seu crânio contra seu próprio corpo. Um suspiro fazia Shinmon saltitar para trás, em busca de informações do perímetro e também, descobrir a situação de Carcass.

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tutu o renegado

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Seg Nov 25, 2019 7:41 pm

Aos poucos, os únicos dois seres dali que ainda possuíam uma alma compreendiam o perigo daquilo que enfrentavam. Algumas folhas caíam das árvores que adornavam aquele bioma; eram corvos e abutres que assistiam o espetáculo escarlate com olhos cativos e famintos. Um próximo do outro, os espadachins pareciam esboçar uma bela formação de ataque mesmo que tivesse feita às pressas. Era interessante como relações humanas poderiam ser rapidamente formadas quando vidas estavam em perigo ou a morte estava procurando por novos hóspedes. Rasgando entre os mortos-vivos numa movimentação ativa, Carcass, um dos lutadores, parecia tentar romper a barricada pútrida de caçadores esfomeados. Perdido no frenesi em que se encontrava, sua baixa percepção fez com que não percebesse que um dos mortos-vivos que havia atingido, já no chão, segurasse-o pelas pernas, derrubando-o ao chão enquanto outros dos caídos encurtavam a distância entre sua nova presa. O crepitar das folhas secas, mortas como quase tudo por ali, enunciava o começo de outra ação.

O mesmo círculo que se formava em torno do guerreiro cinzento, no chão, também buscava ser concluído em torno de Benimaru. Como criaturas pouco inteligentes, os mortos-vivos pareciam ter entendido o êxito que tiveram nesta formação incidental pela primeira vez, e, aparentemente, eram capazes de reproduzi-la agora também. A cada segundo, um passo e, a cada passo, menor o círculo e a distância entre as caças e os caçadores. Ambos os lutadores haviam compreendido as capacidades dos mortos-vivos, embora agora estes também entendessem quem estavam caçando agora. Espadas de madeira, unhas e dentes. Ainda era incerto qual destas armas seriam empunhadas pelos vencedores, contudo, a luta parecia estar se aproximando de um ponto crítico agora.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Ter Nov 26, 2019 7:25 am

Aquilo fora um espasmo? Uma reação pós-morte? Aqueles seres tinham tal capacidade, de se agarrar à vida, ou, pelo menos, ao que restara dela? Um último e derradeiro suspiro? Sopesei a condição daquela criatura e perguntei-me, novamente: Mesmo com sua cabeça completamente destruída? Seja como for, o ímpeto da minha investida fora usado contra mim mesmo, quando uma mão, remanescente e pútrida, segurou meu calcanhar e me fez cair contra o chão arenoso. Meu reflexo me permitiu tão somente impedir que minha face fosse ferida, mas meu braço, cotovelo e ombro foram arranhados pelas pedras do chão.

O tempo que perdi abatido e que usara para me levantar fora mais do que suficiente para que as criaturas andassem, movessem, e colocassem ao meu redor um tipo de círculo essencialmente mortal. Estava cercado, e, naquele momento, em iminente perigo. Na realidade, estávamos: O jovem também residia presente e partilhava daquela mesma condição arriscada. – Eles têm vantagem numérica, porém, não devemos deixar que façam uso dela. Vou tentar criar uma brecha para cá, tente sair pelo outro lado. Busque obstáculos pela floresta, mas não vá tão além, corra em círculos, ao redor da clareira, se não a própria densidade da floresta será um obstáculo para você. – Eram pequenas e importantes instruções, que valeriam, ou deveriam valer, alguma coisa. Esperava profundamente que valessem, afinal, cada zumbi que ele abatesse era menos um com que precisaria me arriscar a lutar.

Agora, teria que agir, e fá-lo-ia antes do fim. Comecei usando minha força por completo contra o primeiro zumbi que me deparei, com fúria, com raiva, com medo e pevor, com tudo que tinha, em um movimento descendente e vertical, utilizando a madeira para esmagar, ao invés de cortar, toda a sua cabeça. Aquele golpe precisava ser eficaz para impedir que a situação piorasse… Ainda mais. Depois, joguei meu corpo contra o corpo do zumbi atacado, em um tipo de salto, especialmente ágil e fugaz, para impedir outra mão inoportuna, mas, também, poderoso e decidido, evitando agora que interrompido. Observada minha constituição, e atributos, esperava que a balança pendesse para mim, e fosse capaz de passar direto pelo zumbi agredido, rolando por cima dele do seu cadáver.

Se conseguisse, estaria de pé, fora do cerco inimigo, e, nesse instante, começaria atacar os zumbis, da mesma forma que sempre, porém intercalando investidas e passos para trás. Traria parte da atenção para mim, dando espaço para o jovem agir por lá, enquanto dava início ao plano conversado: Precisava ter algo entre mim e a possibilidade de outro cerco, e as árvores ao redor da clareira serviriam mais do que suficiente para isso. Ataquei todos que podia. Ataquei com tudo que podia. Ataquei. O pavor da situação começou a impedir minha mente de lembrar de antigos movimentos, embora, em nenhum instante, eu pararia de atacar.

HP: 130/250 --- MP: 350/350 --- EG: 02/04

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Ter Nov 26, 2019 7:30 am

Off: Eu não estou especificando o número de ataques/zumbis alvos de propósito, para deixar ao seu critério definir quantos foram atingidos, se foram atingidos. É nós.

Yassen

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Qua Nov 27, 2019 9:30 pm

Shinmon Benimaru

[ HP: 400/400 | MP: 120/300 | EG: 03/04 ]

A espada esmagava o morto-vivo com êxito, mas, algo estava errado. Aquele ser faminto ainda não desistia do deleite da carne humana em sua posse, Shinmon, resolveu acompanhar os movimentos de Carcass que, se afugentou ao redor da clareira com saltos e esquivas caso necessário em velocidade extrema, uma chama enegrecida tomou conto dos ouvidos e olhos de Benimaru, podendo clarear o local por um instante e consequentemente chamar a atenção das criaturas que estavam se aproximando exclusivamente para o espadachim flamejante, após alguns segundos de toda aquela chama concentrada nas íris, um feixe sombrio era liberado das pupilas do Nya, engolfando e deflagrando tudo em sua frente; conforme o feixe saia, seu receptor acompanhava com os olhos um movimento em 160° para fazer com que todos que estavam em sua frente fossem torrados pelo ataque escaldante, mesmo que, aqueles monstros tivessem uma imortalidade, a peculiaridade das chamas negras poderia impedir a regeneração constante deles uma vez que, elas nunca se apagam por meios naturais. Para aqueles que foram atingidos, o que lhes esperava seria somente uma dor eterna ou uma morte duradoura e excruciante. O feixe era desfeito fazendo com que Benimaru ofegasse por um instante, ainda não sabendo do tamanho de seu estrago, atentou-se somente ao seu redor e suas costas manuseando sua espada de madeira na altura de seu peito.

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Dom Dez 01, 2019 5:56 pm

É dito que, sempre que alguém coloca os seus pés sob a morte etérea das planícies fantasmagóricas, uma moeda é lançada no ar. Em uma das faces, o visitante desavisado nunca mais vai voltar. E, na outra das faces, ele se torna um dos seres atormentados que habita a floresta cinzenta; como um guia numa madrugada fria. No caso destes dois, contudo, através de um toque do destino ou de um golpe de sorte – ou de espada –, as engrenagens do fadário sorriam para ambos. Seus golpes estavam atingindo seus alvos de uma maneira que fossem retornados para o sono profundo, já que pareciam ter entendido o tipo de mágica que rodeava os mortos-vivos. Eles não sabiam fazer outra coisa além de buscar saciar sua fome, no entanto, e não parariam de avançar até que fossem devolvidos para as cinzas que os compunha.

Separados, os dois viajantes pareciam seguros de si após o sucesso que tiveram. Apenas as forças celestiais e os abutres famintos, aqueles que possuíam uma visão (des)privilegiada daquele lugar, eram capazes de notar que apenas quatro andantes cinzentos permaneciam de pé. Um ao norte e um ao sul de cada um dos espadachins. Ao topo de suas capacidades, lançavam um ataque simultâneo como seu último esforço para encerrar o tormento que partia de seus estômagos sempre vazios; corriam simultaneamente na direção de suas presas, grunhindo de raiva ou gemendo de dor num ápice da batalha em que todas as criaturas sencientes estariam prestando atenção.

@Lucilfer // @Yassen

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Re: [Combate] Mortos-vivos. - Dom Dez 01, 2019 9:05 pm

A matança era frenética - se é que matar fosse o verbo correto. Eles já estavam mortos, e cada cabeça putrefata que era esmagada, cada sangue esverdeado que era derramado, cada cadáver que perdia sua animação e força, parecia não passar de tão somente mais um estágio na passagem deles. Na realidade, os olhos que restavam nas cabeças dilaceradas após os ataques, pareciam preservar os mesmo olhar enquanto ainda se moviam, como se só, no fim, estivessem parados. Algo poderia reanimá-los? A ideia passou pela minha cabeça como uma corrente de ar fria passa pela espinha, arrepiando meus cabelos, resfriando meu suor, e atormentando minha mente.

Não ficaria ali para descobrir.

E, para isso, precisava terminar com os últimos dois que ainda restavam de pé. Um deles estava à minha frente, e outro à minha retaguarda, e ambos iniciaram a corrida ao mesmo tempo. Aquele seria um ataque bastante poderoso, se cobrisse os quatro pontos cardeais. Como não o fez, simplesmente me restavam duas rotas de fuga, para minha esquerda e para minha direita. Olhei para os lados e para o chão antes de reagir, tomando cuidado para não errar de novo, e rolei para a lateral que mais fosse propícia para minha fuga.

Quando o fizesse, estaria olhando para os dois zumbi, em um ângulo diagonal menor, muito menor que os cento e oitenta graus inicial. Ali, conseguiria atacar um, em um movimento vertical e potente, afundando a primeira cabeça de maneira rápida e limpa, dar um passo para trás do provável ataque de garras - ou qualquer outro ataque - do zumbi remanescente, e aplicar-lhe o mesmo e poderoso golpe.

Como estaria o jovem? Se tudo desse certo, voltaria para tentar ajudá-lo. Ou, pelo menos, até quanto fosse capaz de fazê-lo e preservar minha vida.

HP: 130/250 --- MP: 350/350 --- EG: 03/04

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