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[Ficha de Personagem] Yurei "Chrollo" Kumo
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Mensagens : 51
Classe PrincipalNovatos
Crescer nas ruas de Martis é crescer num verdadeiro paraíso comercial, uma terra fértil para qualquer um com a moeda, uma terra que oferece oportunidade, a mão amiga do capital. Mas apenas para quem o tem. Os órfãos, os marginalizados; todos aqueles que sofrem com alguma forma de exclusão na sociedade jazem nas sarjetas, rastejam entre becos e caçam a comida descartada dos restaurantes no lixo. Não é de se espantar, portanto, que nesse mesmo cenário se formam pessoas cruéis, capazes de tudo pela sobrevivência pessoal e de seus pares.
Quando Yurei recebeu a notícia de que seu pai, membro da guarda pessoal de um rico comerciante de tecidos, havia morrido nalguma estrada distante, não soube como digerir o fato. Tinha apenas cinco anos e mesmo com a pouca idade entendeu de pronto o que significava: não teria mais, nunca mais, o homem que lhe provia segurança, carinho e alimento. Poderia ter mergulhado então numa fantasia infantil, ter virado para a mãe e dito: "a partir de agora, eu sou o pai." Mas não o fez, não o fez porque não era capaz, porque era somente uma criança e afinal, que pode fazer uma criança de cinco anos quando todo seu mundo desabada e não sobra mais nada para ele senão sua mãe fragilizada por uma doença misteriosa que convém de atacar justo quando se encontra ela em luto? Como não podia fazer nada, ficava jogado aos cantos da casa, chorando sozinho, pois logo que o dinheiro foi acabando a babá teve de ser dispensada e então era ele contra o mundo. A mãe, acamada, recebia cuidados do filho, situação inaceitável para uma mulher que vivia beirando uma vida luxuosa, recebendo todo o tipo de presentes do marido a cada vez que ele voltava de suas viagens até terras vizinhas. Então, num dia pegou a faca que usara para cortar a carne mal passada, feita pelo filho com suas instruções proferidas entre gemidos e acessos de tosse, e cravou no próprio pescoço. Yurei tinha sete anos. Quando entrou no quarto, viu a cena. Mas não chorou. Tirou a faca da garganta da mãe e colou de volta no prato. Ergueu o cobertor até cobrir o ferimento, fechou a porta e apagou a vela. No ano seguinte, os locatários encontraram o garoto sujo que morava sozinho ali, guardando o corpo apodrecido da mãe no quarto. Não tiveram remorso, expulsaram-o.
Viver nas ruas é duro. É dormir sem saber se vai acordar vivo, isso quando é possível dormir, quando a mente consegue enfim dar descanso a todas as conjecturas a respeito de ataques para roubar um pedaço de pão ou aquela faca escondida debaixo de um travesseiro encontrado no lixo. Yurei teve sua cota de crueldade nas primeiras semanas. Havia se juntado a um pequeno grupo de jovens órfãos, meninos e meninas com idade aproximada à sua. Apanhou um pouco no início, mas depois que cravou sua faca no olho de um menino maior, de treze anos, que tentou roubar a tal faca, ganhou algum respeito e sossego para si. Esse respeito foi cultivado cada vez mais, especialmente depois que alcançou ele, assim como grande parte do grupo, os doze anos. Já era conhecido o infame grupo de crianças saqueadoras, que se aproveitava da ingenuidade dos feirantes para tomar algumas mercadorias; a princípio, nada grande demais, apenas o suficiente para sobreviver, cobertores, comida e nada além disso. Mas aos dezesseis já tramavam para desviar cargas paradas na cidade, grandes depósitos de ouros escondidos em baús, que sumiam do dia para noite e iam acabar no mercado clandestino, que sempre foi muito ativo em Martis. Quando tinha seus vinte e um, Yurei e sua trupe eram o mercado clandestino. Qual fosse o serviço, ele faria. Roubar obras de arte valiosíssimas? Sem problemas, feito. Sequestro, assassinato? Se pagar bem, maravilha. A reputação sombria crescia, mesmo fora da cidade, e atraia cada vez mais olhares cautelosos, mas em igual proporção cresciam os serviços.
Um dia, porém, foram traídos. Todos. Aquilo não fazia sentido pois todos estavam sendo presos, ele conhecia todos pelo nome, sabia de suas histórias, havia incorporado o instinto fraterno de que tanto sentia falta. Não podia conceber um traidor entre aqueles, seus irmãos. E ainda assim acontecera. A guarda da cidade irrompeu pelas portas da taverna, descobriu a passagem secreta escondida por entre os barris de cerveja no porão e desceu às escadas até o nível em que funcionava a base de operações. A parede repleta de planos pregados, não faltavam requisições. Em todo canto um pedido pregado, sequer dava para ver a cor da parede. Todos foram levados, sentenciados à morte pela forca. Mas, no período de espera, em que ficaram numa prisão disfarçada de companhia mineradora, não muito longe de Martis, Yurei só pensava na sua fuga. Em como desejava encontrar quem o havia delatado. Mas uma coisa nunca passou por sua cabeça: não havia delator algum. Essa ideia só lhe foi apresentada quando falou com com um de seus subordinados, a quem havia chegado à porta da cela durante a fuga. Ele disse como era impossível que alguém ousasse delatar, pois além do sentimento de amor e irmandade, todos tinha um medo irracional de Yurei. Segundo disse, eles estavam todos presos na teia, não havia escapatória da aranha. Aquilo trouxe alívio ao coração dele, mas também o deixou sem propósito agora que a fuga já estava a ponto de ser concretizada. Quando escapou, voltou a Martis para tentar ganhar a vida como mercenário. Restabelecer o império parecia um sonho distante, inconcebível agora, mas havia tempo demais em seu futuro para se descartar todas as possibilidades.
Quando Yurei recebeu a notícia de que seu pai, membro da guarda pessoal de um rico comerciante de tecidos, havia morrido nalguma estrada distante, não soube como digerir o fato. Tinha apenas cinco anos e mesmo com a pouca idade entendeu de pronto o que significava: não teria mais, nunca mais, o homem que lhe provia segurança, carinho e alimento. Poderia ter mergulhado então numa fantasia infantil, ter virado para a mãe e dito: "a partir de agora, eu sou o pai." Mas não o fez, não o fez porque não era capaz, porque era somente uma criança e afinal, que pode fazer uma criança de cinco anos quando todo seu mundo desabada e não sobra mais nada para ele senão sua mãe fragilizada por uma doença misteriosa que convém de atacar justo quando se encontra ela em luto? Como não podia fazer nada, ficava jogado aos cantos da casa, chorando sozinho, pois logo que o dinheiro foi acabando a babá teve de ser dispensada e então era ele contra o mundo. A mãe, acamada, recebia cuidados do filho, situação inaceitável para uma mulher que vivia beirando uma vida luxuosa, recebendo todo o tipo de presentes do marido a cada vez que ele voltava de suas viagens até terras vizinhas. Então, num dia pegou a faca que usara para cortar a carne mal passada, feita pelo filho com suas instruções proferidas entre gemidos e acessos de tosse, e cravou no próprio pescoço. Yurei tinha sete anos. Quando entrou no quarto, viu a cena. Mas não chorou. Tirou a faca da garganta da mãe e colou de volta no prato. Ergueu o cobertor até cobrir o ferimento, fechou a porta e apagou a vela. No ano seguinte, os locatários encontraram o garoto sujo que morava sozinho ali, guardando o corpo apodrecido da mãe no quarto. Não tiveram remorso, expulsaram-o.
Viver nas ruas é duro. É dormir sem saber se vai acordar vivo, isso quando é possível dormir, quando a mente consegue enfim dar descanso a todas as conjecturas a respeito de ataques para roubar um pedaço de pão ou aquela faca escondida debaixo de um travesseiro encontrado no lixo. Yurei teve sua cota de crueldade nas primeiras semanas. Havia se juntado a um pequeno grupo de jovens órfãos, meninos e meninas com idade aproximada à sua. Apanhou um pouco no início, mas depois que cravou sua faca no olho de um menino maior, de treze anos, que tentou roubar a tal faca, ganhou algum respeito e sossego para si. Esse respeito foi cultivado cada vez mais, especialmente depois que alcançou ele, assim como grande parte do grupo, os doze anos. Já era conhecido o infame grupo de crianças saqueadoras, que se aproveitava da ingenuidade dos feirantes para tomar algumas mercadorias; a princípio, nada grande demais, apenas o suficiente para sobreviver, cobertores, comida e nada além disso. Mas aos dezesseis já tramavam para desviar cargas paradas na cidade, grandes depósitos de ouros escondidos em baús, que sumiam do dia para noite e iam acabar no mercado clandestino, que sempre foi muito ativo em Martis. Quando tinha seus vinte e um, Yurei e sua trupe eram o mercado clandestino. Qual fosse o serviço, ele faria. Roubar obras de arte valiosíssimas? Sem problemas, feito. Sequestro, assassinato? Se pagar bem, maravilha. A reputação sombria crescia, mesmo fora da cidade, e atraia cada vez mais olhares cautelosos, mas em igual proporção cresciam os serviços.
Um dia, porém, foram traídos. Todos. Aquilo não fazia sentido pois todos estavam sendo presos, ele conhecia todos pelo nome, sabia de suas histórias, havia incorporado o instinto fraterno de que tanto sentia falta. Não podia conceber um traidor entre aqueles, seus irmãos. E ainda assim acontecera. A guarda da cidade irrompeu pelas portas da taverna, descobriu a passagem secreta escondida por entre os barris de cerveja no porão e desceu às escadas até o nível em que funcionava a base de operações. A parede repleta de planos pregados, não faltavam requisições. Em todo canto um pedido pregado, sequer dava para ver a cor da parede. Todos foram levados, sentenciados à morte pela forca. Mas, no período de espera, em que ficaram numa prisão disfarçada de companhia mineradora, não muito longe de Martis, Yurei só pensava na sua fuga. Em como desejava encontrar quem o havia delatado. Mas uma coisa nunca passou por sua cabeça: não havia delator algum. Essa ideia só lhe foi apresentada quando falou com com um de seus subordinados, a quem havia chegado à porta da cela durante a fuga. Ele disse como era impossível que alguém ousasse delatar, pois além do sentimento de amor e irmandade, todos tinha um medo irracional de Yurei. Segundo disse, eles estavam todos presos na teia, não havia escapatória da aranha. Aquilo trouxe alívio ao coração dele, mas também o deixou sem propósito agora que a fuga já estava a ponto de ser concretizada. Quando escapou, voltou a Martis para tentar ganhar a vida como mercenário. Restabelecer o império parecia um sonho distante, inconcebível agora, mas havia tempo demais em seu futuro para se descartar todas as possibilidades.
Armamentos: Guerreiro [0].
Elementos primários: Ar [0].
Domínio Mágico [2].
Conhecimento de Linhagens [2].
Ambidestria [1].
-
Calcanhar de Aquiles: Antebraço esquerdo [2].
Missões Realizadas
+ [00] Rank B
+ [00] Rank A
+ [00] Rank S
RPs (Geral)
- Jayden - Ferreiro (Adaga de ossos x2).
- Treinamento solo (+1 Habilidades Físicas, +1 Força).
-
Outros links
- Modificação de ficha.
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Última edição por flowers em Ter Out 15, 2019 6:13 pm, editado 1 vez(es)
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Classe PrincipalNovatos
Elemento Vento
Rank: ?
Descrição: O usuário terá a seu favor todo o ar ambiente. Ele pode gerir suas movimentações através de habilidades, ou até mesmo manipular á partir de dentro de si correntes poderosas, que ao expelidas poderão atingir e cortar seus oponentes. Não é possível, no entanto, tornar o ar mais denso, uma vez que o usuário não possuí a capacidade de moldar as características intrínsecas às propriedades do ar em questão.
Adaga de ossos [5 slots] (x2)
Dano: 20
Tipo: Adaga de uma mão
Descrição: Uma adaga leve e de fácil manuseio. Construída com ossos de uma simples criatura, a lâmina de 8 centímetros carece de poder de corte, porém se tem grande potencial de perfuração. Sua ponta pungente é curvada em formato de S, evidenciando a simplicidade da arma e contribuindo para o seu menor tamanho.
Preço: 5 moedas de ouro
-
Bolsa simples
Efeito: Fornece 20 slots a serem preenchidos por qualquer item.
Descrição: Um saco de couro reforçado que pode ser carregado nas costas, apoiando-se através de duas alças que passam por cima dos ombros. Seu interior é ocupado por diversos bolsos e divisórias para transportar itens, dinheiro ou quaisquer objetos pequenos que o usuário deseje. Fornece vinte slots a serem preenchidos por qualquer item.
Poção de Mana (pequena) [1 slot]
Efeitos: Ao ingerido recupera instantaneamente 50mp do usuário.
Quantidade: 1
Slots totais ocupados: 1
Descrição: Este frasco cristalino contém um líquido azulado opaco. Algumas pessoas que o bebem costumam dizer que seu gosto é de suco de amora, outros, denunciam um sabor mais amargo, como o de uvas recém colhidas.
Poção de Vida (pequena) [1 slot]
Efeitos: Ao ingerido recupera instantaneamente 50hp do usuário.
Quantidade: 1
Slots totais ocupados: 1
Descrição: Este frasco cristalino contém um líquido avermelhado que é uma das poções mais consumidas pelos aventureiros. Ela possui gosto de suco de frutas vermelhas azedo; acredita-se que o motivo disso seja intrínseco ao seu caráter mágico.
Moedas de ouro [0,1 slot]
Quantidade: 0
Slots totais ocupados: 1
Efeito: Moeda de troca no mundo de Dracônia.
Descrição: Peças de ouro puro, moldadas em formatos circulares de tamanho pequeno, possuem um número que representa seu valor comercial e geralmente podem haver outras inscrições ou até imagens talhadas em suas faces. É utilizada como moeda de troca no mundo de Dracônia.
Doces [? slot]
Quantidade: 10
Slots totais ocupados: ?
Descrição: Doce de doce.
Última edição por flowers em Qua Out 16, 2019 1:09 pm, editado 2 vez(es)
Baellia
Baellia
Mensagens : 272
Classe PrincipalAdministrador
Parabéns, você está APROVADO!
Seja bem-vindo ao mundo do Dracônia RPG.
Caso ainda não tenha reservado sua aparência, faça a solicitação aqui;
Guie-se pelo sumário de regras que se encontra aqui;
Faça a sua primeira postagem na Praça Central de Martis aqui;
E não se esqueça de participar do nosso discord! aqui.!
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