dracôniaFórum RPG de Fantasia
Dracônia, H790O mundo pareceu não ter se curado da guerra entre os anões e as tribos bestiais. Formalmente o tratado de paz assinado pelos embaixadores dos quatro continentes garantira a paz entre as raças que caminhavam pelo mundo de Dracônia, mas o clima que impregnara-se no ar após a carnificina era de desconfiança e cautela. A cidade de Martis era um símbolo da paz conquistada; reunia os aventureiros de todas as partes do mundo, sem preocupar-se com religião, raça ou rivalidade clânica. Todos os dias novos aspirantes a herói e heroína partiam da cidade, carregando sonhos e objetivos únicos, mas os maus presságios pareciam só aumentar conforme o tempo passava. Tempestades infindáveis vindas do leste. Vulcões em erupção a oeste. Povoados inteiros desaparecendo ao sul. Algo maligno parecia avizinhar-se de Martis, como um predador que encurrala sua presa.
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Diana
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[Contos] Diana - Qua Out 30, 2019 2:56 am




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Diana Starshadow





HP: 250/250 MP: 250/250 EG: 00/03
O inimigo a espreita




A cidade estava movimentada, a escuridão tentava reinar perante o breu da noite, consumindo qualquer pequeno espaço, viela ou rua desprecavida dos raios de luz, enquanto as áreas centrais eram protegidas pela iluminação de velas e candelabros, as pessoas desfilavam em trajes extravagantes simulando monstros e aberrações, grunhindo em tentativas infantis de imitar aqueles que se dado a chance, ceifariam suas vidas sem qualquer pudor. Era tarde e o dia já havia virado, contudo é como dizem, a noite é uma criança, e quando os mais infantos se colocavam a dormir, a real folia se iniciava, bebidas mais quentes e jogos de azar começavam a se espalhar pelo ambiente, um ritmo mais acelerado e cadente fazia o público local se animar. Num súbito instante, um vento forte percorreu a cidade, balançando as chamas que iluminavam a região e apagando algumas, deixando os bêbados apreensivos, e os sãos mais ainda, um rapaz aproveitou o momento para criar mais confusão, gritando do fundo de seus pulmões para assustar os cautelosos, alguns se irritaram, todavia a maioria ria da situação, um menestrel decidiu aproveitar-se daquele cenário, subindo num palanque de madeira onde antes apresentavam peças teatrais e puxando uma cadeira, pigarreou em alto e bom som, fazendo alguns se atentarem ao mesmo, seu chapéu extravagante talvez fosse a resposta do porque, como uma epidemia, todos começavam a se virar e esperar que ele prosasse.

— Todos aqui sabem que, mesmo neste mundo louco, algumas coisas... mais diferenciadas ocorrem, não é mesmo? Um parente ou amigo contando sobre um monstro transmutado, um item mágico que fugiu ou alguma lenda de locais que mesmo sendo bobagem, ninguém ousa arriscar pra ver... — O homem continuou, instigando o público a prestar atenção no que dizia e acalmando os ânimos, no eventual passar da conversa trouxe algumas histórias, que estavam mais para estórias, entretendo seus ouvintes e instigando-os a partilhar de suas próprias experiências duvidosas, alguns contavam algo sem pé nem cabeça, seria o liquor falando mais alto? Outros faziam graça, e poucos pareciam ter algo que importasse, foi quando uma criatura encapuzada de estatura baixa subiu no palanque, indo ao lado do menestrel e
observando o público calada. — Vocês querem ouvir algo realmente sinistro? Hic — Me arrumem mais uma garrafa de sakê que eu lhes contarei o pesadelo que os espera. — Retirando o capuz, a fada mostrava seu rosto de relance pelas chamas tremulantes da noite, sentou-se com os pés para fora do palanque, usando-o como uma cadeira. Suas palavras carregavam confiança, e alguma alma acreditou em seu chamado, trazendo-a a garrafa solicitada em troca do conto misterioso.

— Ok, ok - hic - Então vamos lá. Eu sou uma aventureira, trabalho resolvendo problemas que a população prefere evitar, seja por nojo ou receio. Era inverno, e os monstros costumam diminuir a -hic- a... — Ela pausava por um instante, estalando os dedos no ar enquanto buscava a continuação da frase. — Incidência de problemas, então aventureiros costumam passar fome nessa época. Mas bem, eu nunca fui idiota, e sempre dei meus pulos pra conseguir alguma missão que surgisse primeiro, certo? -hic-. Então, eu ouvi sobre uma senhora que estava tendo o gado morto nas terras férteis, perfurados e tal. Dolg'nas, é claro, mas eles sempre atacavam a noite, e ela nunca escutava os gritos do combate. E tipo... — Novamente ela pausava, mas desta vez não era buscando significados, e sim fazendo um gesto e expressão facial para o público, Dolg'nas não eram dos monstros mais poderosos, e até mesmo um simples animal de criação conseguiria gritar e revidar antes de morrer para eles. — Então como a situação tava estranha, ela estava cogitando chamar um aventureiro, sabe, pra fazer vigília na noite.

A Fada virava a garrafa de sakê, estava perto do fim visto que a cada frase ela dava uma leve golada, o público parecia bem disperso já de sua atenção, não era uma exímia contadora, e suas interrupções pelos efeitos da bebida e para beber causavam certo desanimo, não bastasse a estória retratar de monstros fracos e conhecidos. — Eu fui lá, e me ofereci antes que ela solicitasse, grana fácil e sem ter que postar nos trabalhos, ela podia me pagar diretamente e mais alto que o comum. Fui pros campos e esperei, fiquei deitada sobre o gramado abaixo de um monte de feno esperando os malditos surgirem, e sendo honesta dormi por tanto esperar -hic-, mas quando acordei vi parte dos animais mortos, frustrada fui correndo ver a situação deles, o rastro de sangue podia me guiar pros desgraçados ainda... e foi ai. — Ela aumentou o tom, dando um ênfase no que iria decorrer, pausando por alguns instantes para prender a atenção do público, como parecia o desfecho, a maioria se voltou para ela, esperando vaiar ou rir do desfecho da piada. — Não havia sangue. E não me entendam mal, quando eu digo isso, eu digo literalmente, o animal morto não possuía mais cor, esbranquiçado como um fantasma, com alguns furos pequenos no corpo, nem perto de ser um chifre de Dolg'na, e pequenas gotas de sangue escorrendo de lá. Eu não sei o que diabos foi que atacou aqueles bichos, mas sugou todo o sangue e fugiu sem me acordar há nem 30 metros de distância. — Ela havia terminado a garrafa, e decidiu deixa-la no canto do palanque, dando um leve salto e desequilibrando-se ao cair no chão por conta da bebida, deu dois tapas nas pernas e olhou para cima rapidamente, com a visão um pouco embaçada. — Eu procurei e procurei, mas não apareceram mais, e ninguém sabe que tipo de monstro tem esse comportamento. Eu lhes aviso, existe algo na escuridão, algo esperto e malicioso, que se escondeu até hoje de todos e caça sem ser percebido, e pode estar a espreita, em qualquer ruela de Martis, pronto para dar o bote. — Com um sorriso malicioso, a fada colocou o capuz e partiu, indo para sua casa dormir. Se era uma história ou estória? Bem, só o tempo dirá.





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Lutero
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[Contos] Diana XRv0E79
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Re: [Contos] Diana - Qua Nov 06, 2019 11:59 am

Diana Starshadow assustou à todos com sucesso; certamente tornara-se melhor em articular contos, e isso era reconhecido pelas entidades como uma forma de receber uma benção. A fada recebia pontos de vida e de mana, magicamente.

Conto aprovado!

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