dracôniaFórum RPG de Fantasia
Dracônia, H790O mundo pareceu não ter se curado da guerra entre os anões e as tribos bestiais. Formalmente o tratado de paz assinado pelos embaixadores dos quatro continentes garantira a paz entre as raças que caminhavam pelo mundo de Dracônia, mas o clima que impregnara-se no ar após a carnificina era de desconfiança e cautela. A cidade de Martis era um símbolo da paz conquistada; reunia os aventureiros de todas as partes do mundo, sem preocupar-se com religião, raça ou rivalidade clânica. Todos os dias novos aspirantes a herói e heroína partiam da cidade, carregando sonhos e objetivos únicos, mas os maus presságios pareciam só aumentar conforme o tempo passava. Tempestades infindáveis vindas do leste. Vulcões em erupção a oeste. Povoados inteiros desaparecendo ao sul. Algo maligno parecia avizinhar-se de Martis, como um predador que encurrala sua presa.
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[Treino] Bang, bang.

Hyouhaku
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Hyouhaku
Classe PrincipalNovatos

[Treino] Bang, bang. - Sáb Nov 02, 2019 8:52 pm




Após minha leitura na biblioteca, guardei os livros e me retirei do local, satisfeito com os conhecimentos novos adquiridos. É evidente que minha noção do mundo era muito inferior do que eu esperava, se minha caçada contra os monstros e extermínio deles fosse ser algo alcançável, precisaria primeiro evoluir meu corpo. Atingir e derrotar monstros que eu sempre consegui é algo simplório, e limitado, segundo os pergaminhos algo poderoso o suficiente para que toda população precisasse se unir surgiu, algo forte assim sequer precisaria desviar de meus ataques, eu necessitava de mais. E como iria alcançar isso? O único modo que me vinha em mente era a resposta ordinária de sempre, é até cômico, o mesmo treino afetaria minha performance como, se eu já havia o realizado incontáveis vezes?

Sobretudo, minha balestra estava no concerto, e seria impossível praticar disparos sem a mesma, então era necessário improvisar e inovar. Mais alguns minutos se passavam entre minha caminhada até os campos de treinamento, o sol estava no horizonte brilhante entre nuvens, o vento batia calmamente por meu rosto, movendo minhas trajes, encarei o horizonte incerto de como seguir, e enquanto observava o lago refletindo a luz do sol de relance, meus olhos se arregalaram, um sorriso involuntário se formou em minha boca, enquanto enchia meus pulmões de ar e descia o morro indo em direção ao lago, juntei diversas pedras de tamanhos diferentes e as empilhei. "Desde pequeno eu arremessava pedras no lago, mas nunca fui o melhor nisso. Talvez após tantos anos, eu consiga aplicar minhas experiências e quebrar o recorde de Lyanne." — Segurando uma pedra firmemente com a mão direita, arremessei ela lateralmente, vendo-a quicar algumas vezes no lago antes de afundar. — Droga, não é isso... é pior do que antigamente. — Meu recorde era 12 quicadas, enquanto o dela 18, porém nesse arremesso eu sequer havia conseguido 10. Tentei outra pedra, arremessando-a com mais altura, e a próxima menos, uma mais deitada, outra mais reta, porém nenhuma chegava nem aos 10 quiques, mesmo que fossem longe o suficiente para sair da vista quase.

Fechei os olhos, segurando a pedra entre meus dedos, tateei ela tentando sentir seu formato, respirei fundo considerando após o arremesso, o que ocorreria, como ela quicaria, onde eu precisava acertar, como jogar, segurei-a entre meus dedos e arremessei com a mão baixa, tocando-a levemente para cima. Não planejava que ela quicasse, e sim planasse sobre a água, entre os giros a parte de baixo se chocasse rapidamente, criando um aspecto de quicar, enquanto na realidade ela simplesmente iria reta, perdendo aos poucos força, foram 12, contudo eu havia percebido algo naquele arremesso, minha postura parecia ter afetado muito mais do que a ideia de burlar o jogo.

Pensei em como jogávamos antigamente as pedras, e lembrei dos movimentos que Lyanne fazia, aquela nerd movimentava o ombro e pernas muito mais que todos, girando no arremesso. Quando tentávamos repetir, ela só ria de nossa falha, sem nos explicar porque a pedra afundava direto ou passava alto demais. Mas e se ela usasse o mesmo conceito de um crossbow? Reter o máximo de poder, encolhendo o corpo e músculos no arremesso, para então soltar com a maior força e precisão possível, impossibilitando vários arremessos, mas focando em um único forte e veloz?

Peguei outra pedra, levantei a perna esquerda enquanto a direita servia de base, reti a força de meu corpo usando o braço esquerdo para frente, movimente o torso numa giratória enquanto o direito fazia um arco, similar a um chicote, arremessando tudo para frente de uma vez, largava a pedra no movimento giratório, ela era veloz, muito veloz. Perfurou a água, porém quicou para cima três vezes. Mas do jeito que bateu, devia ter afundado da primeira, eu apenas havia errado o ângulo, se eu tentasse novamente, mais pra cima...

E tentei, tentei e tentei, quando nas últimas cinco pedras eu dei a sorte de atingir uma da maneira correta, quicando treze vezes. Um sorriso brotou em meu rosto, finalmente havia pegado o ângulo certo, no próximo arremesso foram onze, e então quatorze, haviam mais três pedras, tentei novamente e essa quicou quinze vezes, mais uma que foi uma completa falha, afundando no segundo quique. — Inferno, meu braço tá doendo já te tanto arremessar. Assim fica difícil mirar direito. — Balancei o braço esquerdo algumas vezes, tentando relaxar a tensão dele, peguei a última pedra, movimentei o corpo todo e arremessei, era o último arremesso, podia usar tudo que tinha, dispersei toda minha força, e quando a pedra saiu de minha mão, um rugido com ela escapou de meus pulmões sendo transmitido por minha boca — HIYA! — A pedra planou mais do que devia, porém não havia perdido a fé, ela girava rapidamente, ao entrar em contato com a água começou a quicar, mas de uma maneira diferente, não eram quicadas espaçadas, eram rápidas e numerosas, uma, três, oito, doze, eu sequer conseguia manter a conta, porém no mínimo haviam sido vinte e três quicadas antes dela afundar, e isso que eu estava tendo certeza de contar para baixo. Algo naquele arremesso, algo havia sido diferente.

Pensei no motivo enquanto voltava para casa, seria por ter usado mais força? Não fazia sentido, era algo com o ar? Talvez a rotação auxiliasse mais do que eu imaginava? E foi ai que eu lembrei. Flechas costumam balançar após o arremesso, porém conseguem uma estabilidade após os primeiros metros, aquela pedra havia planado inicialmente, talvez esse fosse o grande diferencial? "Pensar que detalhes tão triviais assim podem afetar tanto um arremesso. Eu não posso simplesmente aprender, preciso sentir, viver isto. Cada disparo deve ser uma extensão de meu corpo, cada tiro mais certeiro que o outro, detalhes como esses não devem ser cogitados antes do disparo, eles deveriam ser naturais de meu ser após tanto tempo, e ainda sim..."



Info's:



HP: 250/250   MP: 250/250   EG: 00/04
(C) Ross

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